Diocese de Campos prepara para criação da Pastoral da Cidadania


Reunião vai preparar as bases para a elaboração de um plano pastoral e criar uma comissão diocesana. Encontro será orientado pelo Bispo Diocesano, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz com assessoria do Pe. Márcio André Ribeiro com a participação do clero da Diocese.


A primeira reunião para a criação da Pastoral da Cidadania na Diocese de Campos acontece no dia 9 de maio, às 10h no Centro Diocesano de Pastoral (anexo a Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Parque Leopoldina) e para este encontro estão sendo convidados representantes das paróquias da Diocese para traçar os rumos da nova pastoral e preparar a Comissão Diocesana.
Segundo Pe. Márcio André Ribeiro a criação da Pastoral da Cidadania é uma solicitação de Dom Roberto Francisco e tem como objetivo neste primeiro encontro a criação da comissão onde contará com a participação de leigos no sentido de formar um projeto que visa
conscientizar os católicos sobre questões importantes de trazer ao mundo da política as propostas do Evangelho e dentro do programa nacional da CNBB – Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil.
- É preciso tirar a mentalidade de omissão da cabeça da nossa gente. Se os bons se omitem os maus tomam conta. É preciso que os leigos entrem na vida pública para mudar o quadro atual. A palavra política virou quase um palavrão na visão de muitas pessoas e isso afasta as pessoas boas da política. Com a graça de Deus iremos mudar o contexto atual a partir daquilo que nos pede a CNBB: Uma imediata reforma política. - sentencia o padre.
Pe; Márcio André destaca ainda que a pastoral da cidadania quer ser um instrumento para ajudar a desenvolver  uma atitude participativa da parte dos fiéis em relação a dimensão social e política.
- Diante dos desafios enfrentados na busca de uma sempre melhor qualidade de vida por parte da população cabe ao fiel católico uma atitude de militância no campo político partidário. Não mais podemos manter a condição de maioria silenciosa. A pastoral da cidadania deve levar a um despertar para o comprometimento da comunidade eclesial na luta contra a corrupção eleitoral (compra de votos), Orçamento participativo, acompanhamento dos mandatos (vereadores, deputados e senadores) e cobrança de melhoria nos serviços públicos. Todos nós somos responsáveis por um pais melhor. , conclui Pe. Márcio André. .
Segundo o Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco a Pastoral da Cidadania abre uma janela e uma interface importante entre a Igreja e a Sociedade uma vez que capacita líderes cristãos a militarem e se colocarem a serviço da transformação social e na defesa do bem comum. Sem a participação dos leigos e leigas na política, a corrupção e a apatia tomam conta da sociedade civil promovendo para os cargos públicos o governo dos piores e canalhas. Por outra parte está pastoral não só forma lideranças para os cargos representativos mas habilita a todos os cristãos a renovarem o tecido social com o associativismo nos diversos âmbitos fortalecendo a sociedade civil e integrando e articulando os conselhos Paritários.
- O Sínodo da Diocese de Campos instituiu esta Pastoral, que deve ser instalada em todas as Paróquias e comunidades, visando o acompanhamento e esclarecimento cívico nos processos  Eleitorais, o controle social sobre o orçamento municipal e as dotações das diversas Secretarias, lutando pela transparência e a destinação justa dos recursos públicos. Também pretende superar o preconceito de que a política é uma coisa suja, mostrando que ela é a arte  e a ciência do bem comum.. – destaca Dom Roberto Francisco
Dom Roberto destaca ainda que o projeto é fundar uma Escola do Bem Comum e Cidadania em Campos na mesma linha do CEFEP de  Brasília, continuar com as Campanhas do Voto Consciente e Ficha Limpa, Apoiar o Projeto da Coalição Democrática sobre Reforma Política, e a prática constante da gestão municipal e  das suas peças orçamentárias.
- Consideramos a Pastoral da Cidadania uma resposta inspirada e profética que sai ao encontro de um esvaziamento da Democracia, e que se propõe o resgate da ética na política e a formação de novas lideranças e um jeito novo de fazer política, a partir do bem comumente de participação e do controle popular.  – finaliza o bispo

3 comentários

Anônimo disse...

Prezado Blogueiro, prezados irmãos católicos e prezados irmãos de outras denominações Cristãos de SFI e de cada canto do Brasil. Aqui quem vos escreve é o Professor, sindicalista e pequeno agricultor familiar Cirábio Ramos. Ao ler esta matéria vislumbro uma possível saída para o futuro da política brasileira. A iniciativa deste grande Líder Pastor de ovelhas de nossa Igreja Católica da Diocese de Campos dos Goytacazes, demonstra na minha opinião, não diria uma atitude tardia, mas uma atitude talvez que a CNBB custou enxergar a tanto tempo que o povo brasileiro, neste caso os mais pobres e miseráveis, vem sofrendo por causa de mentes adormecidas e outras fechadas para compreender a realidade caótica social provocada por políticos canalhas e outros despreparados que são eleitos por estes mesmos eleitores de mentes adormecidas e fechadas, ao avanço social, pelo menos aproximado de igualdade social com justiça. Penso se todos os cristão pelo menos os ditos "PRATICANTES" do Evangelho se conscientizassem como deseja esta Pastoral da cidadania: voto consciente, ação participativa nas Assembeias Legislativas, fiscalização dos serviços públicos com cobrança e denúncia aos órgão competentes e principalmente à imprensa responsável e imparcial das irregularidades nestes setores, já seria um bom começo para iniciar as mudanças sociais. Agora pergunto: Por que a palavra política passou a ser vista como um palavrão para os fiéis católicos, como frisou o sacerdote da matéria? Não tenho dúvida que está associada aos dois termos que usei carinhosamente neste comentário " mentes: ADORMECIDAS e FECHADAS". Que o Pai celeste por intermédio do Espírito Santo conduza nosso Bispo na condução desta Pastoral e que a Igreja militante e os católicos dispersos da Igreja sejam atingidos com esta conscientização tão necessária pela nossa Madre Igreja. Estou pronto para vestir esta CAMISA de luta. Parabéns pela matéria Carlão. C.Ramos.

Anônimo disse...

Amigo,observo que mentes fechadas e adormecidas também estão nossos sacerdotes que, representantes de Cristo como são não estão fazendo juz da sua missão/sacerdócio. Nosso amado papa ao vir ao Brasil na oportunidade pediu que a igreja se aproxime mais do povo, principalmente os mais necessitados da PALAVRA. No entanto o que vejo é um grande distanciamento, nossos sacerdotes chegam nas comunidades para as celebrações sempre de última hora, correndo para celebrar, correndo para voltar para a paróquia. Se alguém tem necessidade de conversar um pouco ou precisar do sacramento da confissão não são atendidos. Depois reclamam do grande número de igrejas protestantes nas comunidades, sempre lotadas, de quem será a culpa? Alguns dizem que são as lideranças leigas das comunidades e demais cristãos que conhecem a Palavra mas não leva aos que não a conhece. Mas se esquecem que essas pessoas trabalham, são chefes de família e que fazem muitas vezes o trabalho que caberia também aos sacerdotes fazerem. Raciocinemos juntos, um espera pelo outro, um não tem tempo, outro não assume as responsabilidades de cristão, e nossos irmãos se perdem sem catequese, sem atenção, sem apreender as doutrinas cristãs. Criticam os protestantes mas não fazem esforço para arrebanhar as ovelhas perdidas. Pensemos nisso, e esperemos que as coisas mudem. E todos alcancemos o Reino.

Anônimo disse...

Se a igreja católica que não encontra tempo para cuidar das suas ovelhas sem pastor, que estão ocupados não sei com que, imagine depois que se envolverem com política?