No Espírito Santo, professora é presa por torturar filha de 9 anos



Uma professora, de 38 anos, cuja identidade não foi divulgada, foi presa preventivamente, nesta quinta-feira (12), suspeita de torturar a filha, de 9, na casa da família, em Cariacica, no Espírito Santo. De acordo com informações da Polícia Civil, a menor era agredida - cabos elétricos e fios telefônicos eram usados nas surras - quando não fazia a faxina doméstica de acordo com o desejo da mãe.
“Ela (a professora) alega que determinava que a filha desempenhasse algumas tarefas domésticas, como lavar louça, esquentar a comida, lavar o banheiro, recolher fezes de animais e até lavar a própria roupa. Quando ela (a mãe) chegava em casa, se isso não tivesse sido feito a contento, de acordo com a avaliação dela, ela utilizava cabos e fios para torturar a criança — explicou o delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso.
O crime começou a ser investigado em julho deste ano, quando a menor chegou ao colégio com ferimentos pelo corpo, que foram notados por uma professora, que acionou o polícia.
“A criança chegou na escola um dia com múltiplas lesões no corpo que, mesmo com o casaco do uniforme, a professora viu. O Conselho Tutelar e nossa delegacia, então, foram acionados. Começamos a investigar, ouvindo vizinhos e familiares, para saber se as agressões foram um caso isolado ou ações rotineiras”, acrescentou Pazolini.
Presa por tortura, a mulher já foi encaminhada para o Centro de Detenção Provisória de Cariacica. Ainda segundo o delegado, a criança atualmente passa bem.
“A menina está morando com o pai. Ela também mudou de escola. Felizmente, está vivendo bem e recebendo acompanhamento psicossocial. A violência física deixa marcas que vão saindo, mas o pior é o trauma psicológico, que só o tempo vai decantando”, disse o delegado. Fonte: extra.globo.com

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