SOS EDUCAÇÃO

Profissionais da educação do Estado do Rio em greve há quase 50 dias fizeram cemitério de contracheques no Leblon, no último domingo, dia 24 de julho. Como sempre, num clima de alegria e bom humor, os profissionais da educação foram às ruas para uma aula de cidadania à população. Professores e funcionários esclarecendo à população, mais uma vez, acerca da situação de vergonha e calamidade em que se encontra a educação no Estado do Rio de Janeiro, a despeito da volumosa arrecadação do estado. Embora tenha recebido apoio de muitas pessoas, muitos passavam indiferentes. Pobre país, pobre estado cujos cidadãos que podem pagar planos de saúde, escolas particulares pros seus filhos, segurança pra si e sua família, blindar seus carros, ignoram que escola pública de qualidade, saúde e segurança são direitos seus e de todos e os governos têm o dever de empregar o imposto (pago por eles, inclusive) essencialmente nesses itens e não em empreiteiras contratadas – nem sempre com licitação –, em socorro a banqueiros e ajuda a grandes empresários. Na paródia de Asa Branca, uma das inúmeras músicas entoadas pelos profissionais:“Quando olhei meu contracheque/Ai, que dor no coração/Eu perguntei ao seu Cabral, ai, por que tamanha perseguição?/Tem dinheiro pra empreiteiro, mas não tem pra educação/Tem dinheiro pra marqueteiro, mas não tem pra educação/Tem dinheiro pra empresário, mas não tem pra educação/Tem dinheiro pra jatinho, mas não tem pra educação...”
433 e 610 reais, os pisos salariais de funcionários e professores do estado do Rio, respectivamente. 756,33 reais o de um professor com curso superior. Talvez esses números aviltantes não sejam por acaso. Deve ser assustador, mesmo, uma categoria que resiste a tamanho descaso e, apesar de toda adversidade, conserva criatividade, raça e bom humor!!! Talvez o mais sensato seja manter essa “gente estranha” à margem....

2 comentários

Anônimo disse...

É um absurdo o que os professores da rede estadual passam por causa desses políticos corruptos!
Os educadores tem que fazer greve mesmo pra mostrar pros políticos que a população merece educação de qualidade!
Eu comecei a fazer licenciatura nesse periodo concordo com tudo que foi escrito acima.
Parabéns pelo Blog Jorge.

Nathalia Cerqueira

BLOG DO CARLOS JORGE disse...

Internauta Nathalia.
O Professor PAULO FREIRE dizia que:"... já fazia a leitura de mundo antes mesmo de conhecer as letras".Sabia ele da importância do meio para a transformação do ser humano,mas tinha convicção que para a evolução deste era preciso mais que uma leitura de mundo,era preciso conhecer os signos,as suas diversas linguagens;e para isso é preciso o intermediador,o facilitador;ou seja o PROFESSOR.
Só os diregentes deste país maravilhoso que não compreendem.
Saúde e paz!