Festa em comunidade quilombola

 Estive presente na ultima sexta-feira (09/03) na localidade de Barrinha onde participei da inauguração do Centro de Inclusão Digital da localidade. Na oportunidade estiveram presentes; o Prefeito da cidade secretários municipais  e várias outras autoridades ligadas a projetos de preservação da cultura. A comunidade passou também a ser reconhecida oficialmente como remanescente de quilombo.
A parceria entre vários órgãos tornou possível a realização do projeto de inclusão digital de Barrinha. A Prefeitura Municipal de São Francisco de Itabapoana, o SERPRO-RJ (Serviço Federal de Processamento de Dados do Rio de Janeiro), a UENF (Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro) e a diretoria da comunidade quilombola de Barrinha trabalharam em conjunto para a conquista do Centro de Inclusão Digital.
Na ocasião, a comunidade celebrou também o reconhecimento oficial de remanescente de quilombo, junto à Fundação Palmares. A conquista se deu por um trabalho em conjunto com o IDANNF (Instituto de Desenvolvimento Afro Norte e Noroeste Fluminense).
Após a cerimônia oficial, foi apresentada a sala com dez computadores que podem ser utilizados pelos moradores da comunidade e das localidades adjacentes. Em seguida foi servido um jantar com o prato mais típico de comunidades quilombolas: a feijoada. Houve ainda apresentação de jongo - uma tradição nos quilombos da região Norte Fluminense.
Barrinha é uma pequena comunidade com cerca de 200 moradores, localizada próximo a praia de Manguinhos. A praia era uma das mais freqüentadas por navios negreiros, que vindos da África aportavam em nosso litoral trazendo negros para trabalharem nos engenhos e lavouras de cana de açúcar na região.
Barrinha era um local onde aconteciam os leilões de escravos,muitos deles escapavam de seus donos e passavam a viver na região, surgindo assim a simpática comunidade

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