Em pronunciamento, Dilma defende que recursos do petróleo sejam destinados para a educação
A presidenta Dilma
Rousseff defendeu nesta quarta-feira (01), durante pronunciamento em cadeia
nacional de rádio e TV sobre o Dia do Trabalho, que todos os royalties,
participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam usados,
exclusivamente, na educação. A presidenta disse que enviou ao Congresso
Nacional uma nova proposta para destinar os recursos do petróleo para a
educação.
“Um
governo só pode cumprir bem o seu papel se tiver vontade política e se contar
com verba suficiente. Por isso, é importante que o Congresso Nacional aprove
nossa proposta de destinar os recursos do petróleo para a educação. Peço a
vocês que incentivem o seu deputado e o seu senador para que eles apoiem esta
iniciativa”, disse.
No pronunciamento, Dilma falou da alegria
de comemorar o 1º de Maio com recordes sucessivos no emprego, na valorização do
salário e nas conquistas sociais dos trabalhadores. Ela lembrou que o Brasil
gerou, nos últimos dez anos, mais de 19 milhões empregos com carteira assinada
e que o salário-mínimo cresceu mais de 70% em termos reais. A presidenta também
disse que a renda do trabalho foi um dos principais fatores para diminuir a desigualdade.
“Mesmo
com a importância dos programas sociais, foi a renda do trabalho que mais
contribuiu na diminuição da desigualdade. Com os programas de transferência de
renda, já tiramos 36 milhões de brasileiros da miséria. Mas são o emprego e o
salário que estão impedindo que essas pessoas voltem para a pobreza, e também
aceleram a ascensão social de milhões de outros brasileiros. Foi assim que 40
milhões de brasileiros foram para a classe média. Isso se deu por causa da
valorização do salário-mínimo, do recorde na geração de emprego com carteira
assinada e do ganho real em todas as faixas salariais”, afirmou.
“Por
sinal, em 2012 enquanto lá fora cresciam o desemprego e as perdas salariais,
aqui ocorria exatamente o contrário. Tivemos o menor índice de desemprego da
história e, segundo o Dieese, o melhor ano de reajustes, com 95% das categorias
conquistando aumento real de salário. Não houve apenas aumento, mas também
melhoria na qualidade do emprego: cresceram os níveis de escolaridade dos
empregados e ampliou-se a formalização do emprego. Ao mesmo tempo, diminuiu a
taxa de desemprego entre os jovens e aumentou o emprego entre os mais maduros”.
A presidenta disse que o Brasil seguirá na
rota de crescimento com estabilidade, distribuição de renda e diminuição das
desigualdades, lutando pela redução de impostos e pela diminuição dos custos
para o produtor e o consumidor.
“É
mais do que óbvio que um governo que age assim e uma presidenta que pensa desta
maneira não vão descuidar nunca do controle da inflação. Esta é uma luta
constante, imutável, permanente. Não abandonaremos jamais os pilares da nossa
política econômica, que têm por base o crescimento sustentado e a
estabilidade”, afirmou.
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