Crise de Eike põe mais dúvida sobre o Brasil no exterior
....e o Porto do Açu?
A derrocada dos negócios do
empresário Eike Batista virou para investidores e analistas americanos de
mercado um exemplo dos problemas da economia brasileira: "Ambos tinham
muito potencial, mas não estão entregando o prometido".
A maioria dos ouvidos pela
reportagem destaca que há vários casos de sucesso no mundo corporativo
brasileiro para compensar a queda do mundo X, mas há temores de que medidas
populistas sejam tomadas pelo governo. Para eles, a euforia sobre o país e
sobre Eike já é passado.
"A queda das ações e
dos títulos do Eike foi acelerada pela onda de protestos. Ninguém imagina agora
que o governo possa resgatá-lo. Seria muito impopular ajudar um bilionário
neste momento", disse o analista do banco JPMorgan Daniel Sensel.
"Eike prometeu muito e
não conseguiu entregar. Suas empresas têm muita dívida. O investidor se deu
conta de que elas jamais seriam tão grandes como se esperava."
Um grande investidor
americano, com presença no Brasil e na China, chamou Eike de "Donald Trump
brasileiro". Pedindo que não tivesse o nome revelado, como vários
investidores entrevistados, recordou que Eike deu longa entrevista há dois anos
ao programa de TV "60 Minutes".
Em uma extensa reportagem
especial sobre o Brasil, Eike fala que "os americanos precisam acordar
para o Brasil, vocês ainda acham que nossa capital é Buenos Aires". O
investidor diz que Eike, desde então, parecia arrogante e um grande vendedor,
mas demorou para provar que obtinha resultados.
Matéria Publicada na Folha de São Paulo em 07/07
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