Editorial da semana “eu não sei de nada”

Capítulos semanais do chamado Mensalão têm sido veiculado pela mídia  como se você  uma novela da vida real,  réus do mais famoso e longo processo sobre corrupção no governo petista estão indo para a cadeia, apesar de espernearem como podem. Bandidos travestidos de políticos, tentam através de grandes operadores do direito, arraigados por belas cifras de honorários, escapar  através de centenas de recursos de uma arcaica e benéfica, aos que praticam o ilícito, lei penal, a liberdade; sendo estes elementos de alta periculosidade. Alta sim, pois quando roubam recursos da saúde estão matando pessoas, pois falta remédio nos hospitais; assassinos sim, pois quando roubam recursos de infra- estrutura estão contribuindo para a debilidade do cidadão e morte pré- matura por falta de atendimento;  homicidas sim, pois quando roubam recursos da educação, deixa-se de investir nos jovens que buscam como fonte alternativa de “lazer e cultura”  o uso de drogas, e a inevitável morte súbita.

Quem achava que já tinha visto de tudo em termos de verborragia jurídica e cinismo, enganou-se. “Sou um preso político, condenado por força das elites dominantes, que controlam a imprensa”, disse um deles, como se a lei e sua aplicação, nada mais fosse do que a adequação periódica de interesses escusos, contrários ao interesse comum. Pobre mentiroso cínico.

Este mesmo condenado, esperneando como uma cobra no bico de uma águia tenta um último recurso: cumprir parte da pífia pena, arrancada a fórceps em meio a tramoias jurídicas e legislação capenga, no lar doce lar, e consegue.

Fecho os olhos com vergonha, ao assistir o ex- presidente petista tentar culpar a imprensa pela prisão de “pobres e indefesos” mensaleiros, atribuindo toda culpa a “imprensa marrom”. Não sei a cor da verdade, se é Preta, Marrom, Roxa ou outra cor qualquer, mas o Daltonismo temporário do nobre ex- presidente, tem evoluído para Alzheimer, pois o mesmo, assim bem como parte dos brasileiros já se esqueceram das mazelas com recursos públicos em sua gestão, que ele à época simplesmente disse ” eu não sei de nada”.