Merenda escolar servida em São João da Barra com produtos produzidos no Município.

Exemplo que pode ser seguido por outros municípios, inclusive São Francisco de Itabapoana.

Dois agricultores de São João da Barra, integrantes do programa de Agricultura Familiar, assinaram contrato para fornecimento de alimentos para o cardápio da rede pública municipal. José de Almeida vai fornecer batata doce, enquanto o agricultor Elias Pereira de Almeida, entregará abacaxi e abóbora. Com isso, além de incentivar a atividade agrícola no Município, em parceria com a secretaria de Agricultura, a secretaria de Educação garante mais qualidade na merenda, tendo conhecimento da procedência dos produtos, cultivados da forma correta.

Contando com apoio da Emater-Rio, o que permitiu serem convocados pela chamada pública, os dois agricultores do 5º Distrito abrem o caminho para que outros possam fornecer seus produtos diretamente para a rede pública municipal, já que 30% dos recursos reservados à merenda são destinados à aquisição direta de produtos da Agricultura Familiar, atendendo ao que dispõe a legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). 

A secretária de Educação Leide Cristina Soares destacou o programa como um incentivo a mais à produção agrícola, a aquisição direta pelo programa da Agricultura Familiar. Ela acredita que além da melhora na qualidade do cardápio, a iniciativa possa atrair outros produtores. Segundo a assistente social Mariá Otal, agente de desenvolvimento da Emater, a intenção é que os agricultores consigam vender mais produtos para o Município, após uma adequação do cardápio de merenda escolar: “eles produzem muitas outras coisas. A nossa intenção é levar os nutricionistas para visitarem as estufas e conhecerem tudo o que é produzido aqui”, explicou.

O agricultor Elias Pereira de Almeida concentra sua produção na localidade de Mato Escuro, no 5º distrito de São João da Barra. Além do abacaxi e da abobara que irá fornecer ao Município, ele produz cebola, maxixe, pimentão e quiabo. A venda para a Prefeitura proporcionará uma renda melhor para sua família: “vendendo assim fica melhor, não tem a necessidade de um atravessador. A venda é feita de forma direta, do produtor para o consumidor”, afirmou.