Joaquim Barbosa determina prisão de João Paulo Cunha
O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, expediu
nesta terça-feira (4) o mandado de prisão do deputado federal e ex-presidente
da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). O documento foi encaminhado à Polícia
Federal, em Brasília. O parlamentar cumprirá pena inicial de seis anos e quatro
meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção e peculato
apurados na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
O
ministro vai comunicar à Câmara dos Deputados a decisão que determinou a prisão
do deputado. Após a comunicação formal, a Casa vai decidir como será conduzido
o processo de cassação do mandato de Cunha, em função da condenação. No início
de janeiro, após a divulgação da decisão que rejeitou os recursos, o presidente
da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a marcar uma reunião da
Mesa Diretora para o dia 4 de fevereiro, para analisar o processo de cassação,
mas foi a reunião foi cancelada porque o mandado de prisão não foi expedido.
O
mandado poderia ter sido expedido no dia 6 de Janeiro, logo após Barbosa
rejeitar os recursos apresentados pela defesa e encerrar o processo contra João
Paulo. O presidente, que também é relator do processo do mensalão, entrou em
férias no dia 7 de Janeiro, mas não assinou o mandado. Barbosa retornou às
atividades ontem (3).
O
documento foi encaminhado para os ministros que ocuparam a presidência interina
do STF, porém, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski se recusaram a assinar a
ordem de prisão, por entenderem que o ato é atribuição de Barbosa. De acordo
com a assessoria de imprensa do STF, Barbosa não expediu o documento antes de sair para as férias porque
a Secretaria Judiciária do Tribunal não conseguiu concluir a documentação antes
da viagem.
C/AGÊNCIA
BRASIL
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