Mais uma baleia encalhada em São Francisco de Itabapoana
Pela terceira vez em menos de 20
dias uma baleia foi encontrada morta no litoral de São Francisco de Itabapoana.
Na manhã desta quarta-feira (20/08), equipe da Secretaria de Meio Ambiente
informou sobre o aparecimento de uma
baleia encalhada entre as praias de Guaxindiba e de Manguinhos. O mamífero foi
visto a cerca de 300 metros da faixa de areia e segundo populares, a baleia
encalhou por volta das 19h da noite anterior.
No último sábado (16/08) um
filhote de baleia Jubarte também encalhou e morreu em Guaxindiba. Já no dia
03/08 uma baleia Jubarte em estado de decomposição apareceu na Praia de Buena.
Uma equipe da CTA – Serviços em
Meio Ambiente, empresa que presta serviços para a Petrobras, juntamente com uma
equipe da Secretaria Municipal de meio Ambiente estiveram no local para colher
materiais do mamífero para realizar análises para saber qual a causa da morte.
O mamífero da espécie jubarte
(Megaptera novaeangliae) medindo em torno de 15 metros e pesando cerca de 30
toneladas, já foi encontrado morto e encalhado numa formação rochosa.
De acordo com relatório da
equipe, no local ficou evidente a impossibilidade de enterrar a carcaça da
baleia, pois esta se encontra na região entremarés e nesta formação rochosa
ocorre a presença de fauna bentônica e ictiofauna local. Qualquer tentativa de
retirada deste animal no momento pode vir a causar um considerado dano
ambiental.
A secretaria de Meio Ambiente de
São Francisco de Itabapoana vai aguardar a alteração da maré na expectativa de
que o mamífero possa ser lançado para na faixa de areia e, posteriormente fazer
o enterro do animal.
O ambientalista Aristides
Soffiati observa que essa sequência de mortes desses mamíferos causa muita
estranheza. “Acho que é muito estranho, mas pode ser por conta da alimentação
também porque a baleia se alimenta na costa e acaba encalhando. Pode estar
comendo material que a gente joga no mar, não que seja tóxico, mas a baleia
acaba asfixiando”, disse o ambientalista, afirmando que é necessária uma
análise mais precisa dos órgãos responsáveis.
"Não tem que enterrar baleia
antes de realizar as análises necessárias para descobrir a causa mortis do
animal", ressaltou Aristídes, lembrando que a análise é competência da
Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
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