Editorial da semana: Ficou chato ser rico

Hoje resolvi virar noticia para conversar um pouco com os milhares de amigos que me acompanham através do blog, pois tenho minhas convicções políticas e penso que o cidadão assim deve proceder, e não se esconder por detrás de resultados prontos, onde ao ver o resultado final de uma eleição corre para a esquina e diz que votou no vencedor; assim é fácil!

Analisando um passado recente do nosso país, é possível perceber como ser rico era muito interessante. Era possível, por exemplo, viajar para Europa; passar o fim de semana em Buzios, Guarapari, Angra dos Reis; andar de avião; passear com carro importado; comprar uma TV nova, um ar condicionado pra refrescar a temperatura; construir uma piscina e fazer churrasco aos fins de semana ou até comer carne todos os dias; frequentar a faculdade e se tornar gente “importante”; tempos que não voltam mais!

E o que mudou daquela época para a atualidade? Hoje é possível viajar para a Europa, porém o bacana poderá encontrar o filho do porteiro pelas bandas da Europa, porque ele também pode passear, parcelando as suas férias; passar o fim de semana em Buzios ainda é possível, porém o rico poderá a qualquer momento se “esbarrar” com a filha da empregada que também foi visitar a cidade dos ”granfinos”; andar de avião nem se fala, o bacana terá que sentar do lado do Professor, motorista, engraxate, doméstica e tantos outros, pois viajar de avião deixou de ser privilégio de alguns; Assistir televisão em uma TV de Plasma ou dormir com clima de montanha, com ar condicionado é uma rotina para a Secretária, telefonista, trabalhador rural, vendedor de picolé e até Doutor.

Minha gente chego a conclusão que ficou chato ser rico nesse país, pois o bacana que se “achava” fazendo coisas que só os chamados “ricos” podiam fazer, agora vivem a tortura permanente de ver o seu vizinho com a mesma qualidade de vida e isso incomoda aos que no passado se “achavam” os donos da cocada preta. A cratera que separava os muitos ricos dos muitos pobres está desaparecendo e isso é uma realidade que não podemos negar.

Tenho obrigação de escrever esse texto, pois sou filho de agricultor, criado na roça e conhecedor de  muitas dificuldades quando criança. Atualmente estou cursando a minha segunda faculdade, ambas públicas e gratuitas, além de vários cursos de aperfeiçoamento; divido liderança em meu trabalho e levo a minha vida com liberdade de escolhas. Neste domingo, pense com razão deixe a emoção de lado e vote consciente.