Avanço do mar no Açu gera consequências
Não
é de hoje que a preocupação com as consequências de investimentos de grande
porte no litoral do Norte Fluminense, traz temeridade pra quem mora próximo às
áreas onde acontecem obras e modificações humanas para adequar o local aos
padrões destes investimentos.
O
foco das manchetes atuais tem sido o mar do Açu, em São João da Barra, que
recebeu um dos maiores empreendimentos do Brasil, o Porto do Açu.
Claro
que a obra trouxe um boom de desenvolvimento e alavancou a região, mas em
contrapartida trouxe consequências drásticas à natureza, que só puderam ser
sentidas agora, isso por causa de outra grande tragédia, que tem sido a
estiagem na região, uma das maiores dos últimos 70 anos.
Depois
da construção da parte do emissário do porto, parte que avança para dentro do
mar, a natureza começou a mostrar que não estava assim tão satisfeita.
O
mar do Açu tem avançado cada vez mais em direção a orla, e as últimas vítimas
foram os quiosques da orla da praia. Os ambientalistas contestam os estudos de
impacto ambiental feitos pela empresa responsável pela construção, que na época
era a LLX, do empresário Eike Batista.
Todo
o complexo foi passado para outra empresa, e agora a pergunta é: “Veremos essa
empresa colocar as coisas nos devidos lugares?”
Não
bastasse esse problema no Açu, São João da Barra começa a sofrer também os
efeitos da estiagem prolongada. O mar tem avançado pela foz do Rio Paraíba do
Sul, salinizando a água antes potável, o resultado não poderia ser pior, as
torneiras dos moradores começaram a receber água salgada, com relação a isso a
CEDAE, companhia que cuida do abastecimento na cidade, não pode fazer muita
coisa, a não ser torcer para que os leitos do rio voltem ao seu normal e que a
chuva traga alívio. Fonte: Campos24horas
Nenhum comentário
Postar um comentário