Manual para ser ministro da “presidenta”


 Principal condição para ser ministro é fracassar nas urnas e desconhecer o que terá pela frente.
Para ser ministro no Brasil não precisa ser especialista na pasta para a qual se é indicado. Pelo contrário. Na composição de seu novo ministério, a presidente Dilma Rousseff deu mostras de que quanto menos se conhece o ministério, tanto melhor.
Entre os novos treze ministros negociados por ela, somente um, a senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária, Kátia Abreu, tem alguma intimidade com o cargo que ocupará, a Agricultura.
Os outros compõem uma dúzia de velhos políticos que não se reelegeram, como Eliseu Padilha – por exemplo - que vai cuidar da Secretaria de Aviação Civil sem sequer conseguir decolar sua reeleição para deputado. Sem força suficiente para se tornar governador do Amazonas, Eduardo Braga assume a pasta de Minas e Energia. Filho de Jader Barbalho - a ser condenado por desvio milionário na Sudam -, Helder assumirá a Pesca sem jamais ter colocado uma minhoca na isca. O Esporte brasileiro ficará nas mãos do candidato derrotado ao Senado, o pastor evangélico baiano George Hilton, integrante do baixo clero – ou a segunda divisão – da Câmara. Envolvido no Escândalo dos Aloprados, Ricardo Berzoini vai cuidar das Comunicações – assunto que, reconhecidamente, desconhece por completo.
A falta de sintonia ou afinidade entre novos ministros e seus ministérios mostra que, pelo andar da carruagem, a principal condição para ser ministro é fracassar nas urnas e desconhecer completamente o que terá pela frente.
Já foi o tempo em que ministérios eram ocupados por técnicos ou catedráticos das pastas. Agora, o que mais tem por aí são potenciais candidatos a ministro da “presidenta”...Fonte; Jornal terceiravia

Nenhum comentário