Campos dos Goytacazes também mete o pé no freio para vencer a crise, vereador Mauro Silva defende ajustes
Em entrevista ao Campos24horas, Mauro avalia a crise |
A Câmara Municipal aprovou, por maioria, durante
sessão extraordinária nesta quinta-feira(29), projetos enviados pela prefeita Rosinha
Garotinho (PR). Nos projetos, um conjunto de medidas para manter o equilíbrio
das contas públicas e assegurar atendimento à população, em razão da queda de
receitas, sobretudo pela diminuição dos royalties do petróleo.
Campos foi o primeiro a antecipar medidas de
contenção de gastos. Os vereadores Nildo Cardoso, José Carlos, Fred Machado,
Marcão e Rafel Diniz, da bancada de oposição, votaram contra.
Entre as medidas aprovadas, o governo reduz 10%
dos salários de secretários e cargos de confiança (DAS). Em outro projeto, muda
os critérios para a concessão do Cheque Cidadão. O terceiro projeto
envolve o vale transporte dos servidores também é votado.
Ao final da sessão, o vereador Mauro
Silva(PTdoB), que ocupa a liderança do governo na Câmara, falou ao Campos 24
Horas.
Campos 24 Horas – Diante da crise nacional,
qual a importância da aprovação do projeto para redução de gastos em Campos?
Mauro Silva – A prefeita Rosinha foi a primeira a
tomar essas medidas, quando pediu de volta para a prefeitura o orçamento
encaminhado no final do ano. Ela foi a pioneira. Isso é uma adequação ao
momento crítico pelo qual vai passar a economia nacional. Inclusive com a
redução do valor do barril de petróleo que afeta os municípios produtores.
Agora, os prefeitos da região e os governos do estado e federal estão tomando
as mesmas medidas. Trata-se de uma adequação ao momento crítico que afeta os
municípios produtores de petróleo.
C24H
- O remédio é amargo, mas deve ser encarado como um ato de responsabilidade por
parte da prefeita Rosinha?
Mauro – Rosinha precisa ajustar a cidade.
Isso mostra que a prefeita está à frente de outros prefeitos da região. Ela foi
a primeira a detectar o problema que a região iria passar. Além de estar sendo
responsável, ela está tomando uma medida dura no momento. A crise exige
remédio amargo, mas tem que ser ministrado para que possamos passar esse
momento de dificuldades. A crise é no geral, em todo o Brasil e em todas as
cidades produtoras.
C24H – Há expectativa de que o barril do petróleo
aumente e a receita dos royalties volte aos patamares de 2014 ainda em 2015?
Mauro – Acho difícil, pois existe muita oferta.
Essa é uma questão internacional, existe muita oferta de petróleo da Rússia. Há
uma produção muito alta nos países do oriente médio. O que se espera é
que o barril volte a 100 dólares. Esperamos que o barril de petróleo volte a
reagir. Diante disso, a prefeita está se ajustando para crises que estão por
vim em Campos. Ela faz redução de salários e seis secretarias são
extintas. Isso faz parte de toda uma estratégia para minimizar o custo e as
perdas.
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