Nova febre se alastra rápido no Estado do Rio
A chegada de uma nova doença do
Estado do Rio é questão de tempo. E, em caso de epidemia, autoridades alertam:
sete a cada dez pessoas podem ser atingidas. A Chikungunya tem sintomas
parecidos e a mesma forma de transmissão da dengue, mas se alastra com muito
mais velocidade e infecta um número superior de pessoas.
Como os habitantes do Rio não
têm imunidade ao vírus, toda a população está
vulnerável. E não são apenas os mosquitos Aedes aegypti, os da dengue, os inimigos. Além deles, os Aedes albopictus também passam Chikungunya.
vulnerável. E não são apenas os mosquitos Aedes aegypti, os da dengue, os inimigos. Além deles, os Aedes albopictus também passam Chikungunya.
“Não sabemos por que o vírus
ainda não chegou ao Rio. Pode ser hoje ou daqui a mais tempo. Temos os vetores (insetos)
e condições climáticas favoráveis”, afirma o superintendente de Vigilância
Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.
Surtos recentes da doença
aconteceram no Caribe — onde, em menos de seis meses, mais de cinco mil pessoas
adoeceram — e na América Central. Em 2006, na Índia, em um ano o vírus
alastrou-se por 60% do país e fez 1,4 milhão de vítimas.
MAIS POTENTE QUE DENGUE
Chieppe informa que a
capacidade de o vírus gerar epidemias é maior, se comparado ao da dengue, mas a
letalidade é menor. Ainda segundo Chieppe, uma explicação seria mutações no
vírus Chikungunya, que tornam o mosquito Aedes aegypti capaz de infectar
humanos por mais tempo, se comparado à dengue. Além disso, a quantidade de
vírus circulando no sangue do paciente é maior, o que faz com que o inseto se
torne vetor da doença com mais facilidade e mais rapidamente.
Para reduzir risco, a dica é a
mesma: evitar criadouros do Aedes, eliminando água parada. Além disso, casos
suspeitos devem ser notificados para que agentes atuem evitando que mosquitos
se piquem estas pessoas e se infectem com o vírus, tornando-se transmissores da
Chikungunya. “O desafio ocorre nos casos em que há infecção mas não há
sintomas. Nesse caso, há dificuldade em identificar as pessoas que podem
infectar os mosquitos”.
Em 2014 e 2015 (até 20 de
março), o estado registrou 15 casos. Os pacientes foram infectados fora do Rio,
em locais como Caribe, Angola, Haiti, República Dominicana, Venezuela, Caribe e
Taiti, além da Bahia.
Técnicos monitoram os insetos
Por enquanto, ainda não foi
encontrado um inseto no Rio de Janeiro infectado pelo vírus da Chikungunya. Há
quase um ano, agentes da Secretaria Estadual de Saúde coletam mosquitos em 30
pontos da capital (hospitais e locais em que haverá eventos dos jogos
Olímpicos) e de outros municípios. Além disso, quando há um caso ‘importado’ da
doença, os insetos do entorno da casa do paciente são recolhidos. Os mosquitos
são analisados na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Até agora, só foram encontrados
insetos com o vírus da dengue.Fonte:Agência O Dia
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