Jovens em conflito com a lei receberão acompanhamento em Bom Jesus do Itabapoana

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação (SMASH) de Bom Jesus do Itabapoana começou em junho mais uma etapa do programa de assistência aos adolescentes em conflito com a lei. O trabalho será feito no Centro Social São José (CSSJ), que recebeu recursos do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) depois de cumprir as exigências de um edital público.

       A política da SMASH é fazer com que os jovens cumpram as medidas socioeducativas, determinadas pela Justiça, em Bom Jesus. Segundo a secretária Regina Anália Boechat Dutra o convívio diário com a família ajuda na recuperação:

       - Muitas vezes os adolescentes transferidos para Campos voltam no dia seguinte, pois a infração é leve. Cumprir a medida aqui é melhor para eles e para o município, afirmou.

       Outro ponto destacado pela secretária, é que o adolescente que permanece em Bom Jesus não tem contato com outros de maior periculosidade, que já se envolveram em situações muito graves, como roubos e tráfico de drogas.

       - Nosso olhar e do Poder Judiciário é este. Aqui temos medidas agradáveis, como comparecer aos treinos de futebol, por exemplo. Eles têm a chance de obedecer à lei se divertindo. Isso é ótimo e nós podemos oferecer, explicou Anália.

       O trabalho da SMASH visa é socializar esse público na cidade, e oferece outros meios, como acompanhamento psicológico (do jovem e da família). O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) faz isso com profissionais capacitados, como psicólogos, assistentes sociais e outros.

       A secretária convoca a todos os pais que perceberem que seus filhos estão com problemas de comportamento a procurar o CREAS ou os CRAS:

       - Sei que é difícil para uma mãe admitir isso, é complicado. Mas é preciso pedir ajuda antes que a situação se torne um caso de polícia. Abrir o coração conosco pode evitar o pior, disse.

       Ainda segundo ela, os pais são atendidos de forma particular e com todo sigilo. Ninguém participa da conversa. Os funcionários são treinados para manter todas as histórias em sigilo. Eles são capacitados para respeitar o cidadão.