Comerciária e taxista suspeitos de esquartejar oficial de justiça
Suspeitos- foto /Polícia Civil |
Um bárbaro crime ocorrido em Campos-VEJA AQUI- pode estar
perto de ser elucidado. Um casal suspeito de matar e esquartejar o oficial
de justiça Fernando Mauchar, de 57 anos, foi apresentado à imprensa na tarde
deste sábado(11), durante entrevista coletiva do delegado adjunto da 146ª DP/Guarus, Pedro
Emílio Braga, na sede da Região Integrada de Segurança Pública (6ª Risp), em
Campos. O crime teria motivação passional, já que há suspeita de que
a vítima e a mulher presa, de iniciais J.P., de 30 anos, que é
comerciária, tinham uma relação. O marido dela é taxista e tem as iniciais
L.Q.P., de 35 anos. O casal teve prisão temporária decretada por 30 dias.
O corpo do oficial de Justiça, que era casado, foi
encontrado esquartejado em um canavial, às margens da RJ 224(Campos/São
Francisco de Itabapoana), perto de Travessão de Campos, na última
quarta-feira.
Crime passional
A forma com que ocorreu o crime chamou a atenção da polícia. A cabeça e os braços da vítima foram encontrados a uma distância de cinco metros do tronco, e uma máquina da marca maquita pode ter sido usada para cortar seus ossos. A vítima ainda levou 12 facadas no tórax.
A forma com que ocorreu o crime chamou a atenção da polícia. A cabeça e os braços da vítima foram encontrados a uma distância de cinco metros do tronco, e uma máquina da marca maquita pode ter sido usada para cortar seus ossos. A vítima ainda levou 12 facadas no tórax.
O casal suspeito mora na Avenida Princesa Isabel,
no bairro IPS. Já a vítima morava no bairro Jardim Carioca, em Guarus. A mulher
suspeita do crime já prestou queixa, na 134ª DP/Centro, contra o oficial de
justiça, que, segundo ela, a procurava com frequência.
O marido da comerciária, que também figura como suspeito, estaria incomodado com o fato do oficial de justiça procurar, com frequência, por sua mulher .
O marido da comerciária, que também figura como suspeito, estaria incomodado com o fato do oficial de justiça procurar, com frequência, por sua mulher .
Delegado adjunto da 146ª DP/Guarus, Pedro Emílio Braga |
O delegado Pedro Emílio fala, inicialmente, que a
intenção de quem matou pode ter sido de ocultar o cadáver.
“Recebemos a informação do encontro do cadáver na
quarta-feira. A impressão que se tem que foi utilizada uma maquita(máquina
usada para cortar pisos e outros objetos) para cortar os ossos da vítima.
Encontramos o tronco separado do quadril, num estado de decomposição que nos
permitiu entender que era de dois a três dias. O corpo se encontrava sem roupas
e sem documentos, o que
dificultou a identificação”, contou o delegado, que acrescentou.
dificultou a identificação”, contou o delegado, que acrescentou.
“Conseguimos a identificação através do sistema
IFPE. Esse procedimento levou cerca de 24 horas. Na quinta-feira, à noite,
começamos o procedimento inicial padrão junto à família, tentando achar a
ponta para iniciar a investigação. Iniciamos as oitivas(depoimentos) dos
familiares. A família deixou muito claro que Fernando não possuía
inimigos. A vítima levou diversas punhaladas no coração, foram cerca de 12
punhaladas que a levaram a óbito. Imaginamos que o corpo tenha sido desmembrado
para que fosse transportado para algum lugar ou desaparecer com os vestígios”,
revelou Pedro Emílio.
Segundo também o delegado, a mulher suspeita já
prestou queixa contra o oficial de justiça.
“A vítima tinha por comportamento sumir dois, três
dias. Ele tinha parentes fora da cidade e sempre viajava para visitar
esses familiares, e não tinha o costume de avisar a família. Com as
investigações, ficamos sabendo que os suspeitos J. e L. já tiveram discussões
com Fernando, inclusive com ameaças de morte de ambas as partes. No último dia
16 de junho, J. fez um registro de ocorrência contra Fernando na delegacia do
Centro, alegando que ele estaria pertubando o casal”, destacou o delegado.
O casal nega ter matado o oficial de Justiça.
” A comerciária(suspeita) foi encontrada por
policiais em sua casa, no horário de almoço, no bairro IPS. Já o seu marido L.
que é taxista, foi abordado na rua. Até o momento os dois negam o crime. Já
pedimos a quebra do sigilo bancário e telefônico do casal e da vítima. Vamos
analisar os dados e tentar obter novos indícios. Precisamos saber a motivação e
a dinâmica do crime. Ainda não está esclarecido se houve participação de outras
pessoas”, finalizou o delegado.
Oficial de Justiça era pai de um delegado, um
policial e um advogado
Fernando era pai de um policial civil, que trabalha
em Campos, de um delegado de Polícia, do Paraná, e de um advogado que é
assistente técnico da Prefeitura de Campos.
O enterro ocorreu na tarde de sexta-feira
(10), no Cemitério Campo da Paz. Além de familiares, funcionários do Judiciário
de Campos também foram dar o último adeus à vítima do bárbaro assassinato.
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