Municípios de diversos Estados marcam paralisação para setembro e alertam sobre falência
Cada vez mais grave, a crise tem levado muitas
entidades municipalistas a tomarem alguma atitude em sinal de protesto e com o
objetivo de informar a população. Com o apoio da Confederação Nacional de
Municípios (CNM), em alguns Estados as prefeituras paralisaram as atividades
por um dia e isso vai se repetir agora em setembro.
Na próxima quarta-feira, dia 16, está marcada a
paralisação no Pará. No dia 18 é a vez de Alagoas. Pela ordem, no dia 21, as
prefeituras do Paraná vão aderir a esta mobilização. Em seguida é a vez de
Pernambuco, no dia 22. Ainda pelo calendário, dia 24 param os Municípios da
Bahia e os da Paraíba. Dia 25 os do Rio Grande do Sul e por último, no dia 28,
as prefeituras do Rio de Janeiro fecham as portas e os prefeitos irão protestar
em Brasília.
Até agora, paralisaram Ceará, no dia 31 de julho;
Mato Grosso do Sul, no dia 10 de agosto; Minas Gerais, nos dias 13, 24 e 28 de
agosto (considerando reuniões); São Paulo, no dia 19 agosto e 8 de setembro;
Piauí e Alagoas no dia 27 de agosto; e Bahia nos dias 7 e 8 de setembro.
Portanto, muitos que fizeram ações, voltarão a fazer no decorrer deste mês.
Motivo
dos protestos
É certo que a crise é sentida pelos demais governos e infelizmente também pelos cidadãos, mas o movimento municipalista
destaca que as finanças municipais
poderiam estar melhor não fossem os R$ 35 bilhões de Restos a Pagar que a União
deve aos Municípios. Isso sem contar os programas federais subfinanciados, onde
as prefeituras recebem um valor e gastam outro muito maior para tornar o
programa realidade, a exemplo do Saúde da Família e o Transporte Escolar.É certo que a crise é sentida pelos demais governos e infelizmente também pelos cidadãos, mas o movimento municipalista
Para agravar ainda mais a situação, nos últimos
anos o governo federal fez bondade com o chapéu alheio, ao conceber isenções em
tributos que formam o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O resultado
foi uma queda na prinicipal fonte de financiamento dos governos municipais.
Ainda somam a esta conta as inúmeras atribuições
impostas aos Municípios pelo governo federal e por leis aprovadas no Congresso
Nacional. Responsabilidades estas sem a indicação do financiamento. Assim, o
conjunto disso que foi dito entre outras causas fazem os Municípios pedirem
socorro, pois estão em colapso, que pode se agravar com encerramento de
mandato, em 2016. Fonte: Confederação Nacional de Municípios
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