Operação de fiscalização em rodovias de São Francisco de Itabapoana. Como “anda” o transporte coletivo no município?
Durante
todo o dia de sexta-feira(27/11) aconteceu operação de fiscalização de veículos
no Município de São Francisco de Itabapoana. Policiais do Batalhão de Polícia
Rodoviária Estadual (BPRV) e policiais do 8º Batalhão de Policia Militar
atuaram em conjunto com o Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de
Janeiro(DETRO), na repressão ao transporte irregular de passageiros. A operação também teve como alvo
o tráfico de drogas e armas. Um dos
pontos de abordagem foi na RJ 224, na localidade de Bom Jardim, e o outro ponto
foi na RJ 232, em Guaxindiba. Como
saldo, 6 veículos foram apreendidos por atrasos em emplacamento, condutor sem
habilitação e transporte irregular de passageiros. Os veículos foram rebocados
para o Pátio Norte.
Triste
realidade de São Francisco
Enquanto
durou a operação, centenas de passageiros ficaram sem transporte no Município.
Grande parte dos veículos que transportam passageiros trabalha de maneira
informal, e durante a operação, esses veículos ficaram sem transitar causando
transtornos aos moradores. Atualmente o município conta com um dos piores modelos
de transporte público do Estado do Rio de Janeiro. As localidades,
principalmente as mais distantes do centro da cidade, contam apenas com o
transporte alternativo. A Empresa Rogil que detém a concessão do transporte municipal
de passageiros, que deveria atender a grande parte do município, possui apenas
um ou dois veículos em estado precário de conservação, atendendo o município. A empresa 1001 atua com
poucos horários apenas no transporte intermunicipal, e a recém-chegada Empresa
Brasil que assumiu alguns horários para a cidade de Campos, antes atendidos
pela 1001, atende apenas algumas rotas pavimentadas.
O
município concedeu algumas linhas para
vans que deveriam suprir essa demanda, porém não existe um cronograma de horários, não
existe fiscalização por parte da Empresa Municipal de Trânsito(EMTRANSFI) e
muito menos uma tabela de preços estipulada pelo município para cobrança de
passagens, sendo os proprietários de
vans e lotadas que fazem as suas próprias regras e impõem as suas “tabelas de
preços”. Tomamos como exemplo um percurso de aproximadamente 3 quilômetros,
entre o centro da cidade e a localidade de Volta Redonda; valor da passagem R$
3 reais, ou seja 1 real por quilômetro. É justo os valores aplicados?
Quanto
a ilegalidade de alguns veículos, de alguns topiqueiros e proprietários de
lotadas, estes por certo gostariam de estar legalizados, porém a farra de
distribuição de concessões de licenças para Táxi, é uma realidade que teve
inicio na gestão do então prefeito Beto Azevedo e permanece na gestão do atual
prefeito Pedrinho Cherene. Veículos com placa de Taxi, sem faixa de
identificação, sem cumprir horários em pontos. Quem são os permissionários? Em
sua maioria comerciantes, empresários e cabos eleitorais dos senhores do poder,
enquanto que existe um grande número de pessoas que estão irregulares
transportando passageiros, pois não conseguem tais licenças, e permanece na
clandestinidade a contra gosto.
Já
ouvir por diversas vezes, o senhor Diretor da Emtransfi, afirmar que ele é um
legalista, que gosta das coisas corretas, porém as irregularidades no
transporte estão presentes a poucos metros de seu confortável escritório(sede
da Emtransf) onde o aluguel é pago pelo contribuinte, e ele simplesmente ignora
esse estado de coisas, pelo menos essa é a percepção que temos, pela ausência
de ações efetivas na tentativa de solução de tais problemas. Será que temos que
aguardar um novo gestor a frente do executivo para mexer nessa “caixa preta” do
transporte no município ou o senhor prefeito Pedrinho Cherene que é o único
responsável por essa desestrutura, vai demitir os seus limitados colaboradores
e chamar a responsabilidade para si, e resolver o problema? Desculpem os
leitores, por um texto tão contundente, porém se faz necessário expor para a
sociedade uma triste realidade de São Francisco que é “governado” pelo prefeito
Pedrinho Cherene, pois só quem depende do transporte, é que sabe da importância
de estarmos colocando tal assunto em evidência para que as autoridades tomem ciência
de que é preciso fazer algo para a solução. O que não pode continuar
acontecendo é um motorista de lotada “fugir” de uma blitz, como um fora da lei,
pois são pessoas do bem e prestam um serviço, mesmo que precário a sociedade.
Uma população inteira continuar dependente desse tipo de transporte sem
regulamentação, e as autoridades na zona de conforto esperando o próximo pleito
eleitoral para prometer novamente e não cumprir.
3 comentários
O que realmente falta é ausência de fiscalização por parte do órgão fiscalizador do município, não existe punição para as vans que comentem inflações em sua rotina de trabalho, motoristas sem habilitação e bêbados no volante, cujas irregularidades são de conhecimentos da ENTRANSF, e não toma as providencias que deveriam ser tomadas por questão politicas.
A presença do detro na cidade se deve a solicitação da entransf , em face de sua incompetência.
Paulo Roberto
Pior lugar para se locomover que eu já vi em um munícipio. A gente pega uma desses transportes em são francisco e se for saltar antes do DPO paga-se o mesmo como se fosse até gargaú. Deveria ter uma van ou um ônibus para santa clara , guaxindiba e gargaú junto a chegada do ultimo ônibus de campos q chega a são francisco ou o mesmo ir direto. O intervalo na rodoviária de campos é grande,se perder o ônibus para São Fancisco às 19 h o próximo só às 23;30 isso é um absurdo. Está cada vez pior e essa Emtransfi já passou da hora de ser fiscalizada e colocarem pessoas competentes para trabalhar. O que esperar de um PREFEITO QUE NÃO MORA NA CIDADE ONDE GOVERNA. revolta é geral.isso já era para ser resolvido.
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