Campos: professores da rede estadual entram em greve na próxima semana

Os professores da rede estadual de Campos também vão aderir à greve da categoria que acontece em todo o estado a partir da próxima quarta-feira (2). No mesmo dia, alguns profissionais da cidade vão participar de uma assembleia no Rio de Janeiro, às 10h, e ainda vão fazer parte de um ato unificado marcado para às 15h na frente da Assembleia Legislativa do Estado do
Rio de Janeiro (Alerj).

Nestes próximos dias antes da greve, os integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) em Campos fazem visitações nas escolas para explicar o movimento de greve e tirar dúvidas de outros professores.

“As respostas têm sido muito positivas. Já estamos contando com o apoio dos alunos que sabem da situação precária das escolas e também com o apoio da população em geral. Acreditamos em uma greve com uma adesão muito importante e acreditamos que o Governo vai abrir um canal de negociação. Tentamos o diálogo várias vezes com o Governo e não tivemos respostas.”, explicou a coordenadora geral do Sepe em Campos, Graciete Santana.

Segundo o Sepe, entre as reivindicações dos profissionais da educação estão:

·            Volta do dia do pagamento para o primeiro dia útil do mês, como era antes (atualmente o pagamento é feito no sétimo dia útil do mês);

·            Pagamento imediato do valor restante do 13º salário;

·            Que o Governo priorize o pagamento dos servidores e não as empresas;

·            Barrar o “Pacote de Maldades do Pezão” - “Neste pacote ele propõe a mudança na previdência em relação à aposentadoria. Hoje, os professores podem ter aposentadoria especial, que significa 25 anos de trabalho para mulher e 30 para homens, mas ele quer aumentar este tempo de serviço para aposentadoria. O pacote inclui também o congelamento por tempo indeterminado dos salários e ainda o aumento do desconto da previdência nos nossos contracheques de 11% pra 14%”, concluiu Graciete.

A partir do dia 2 de março as aulas serão interrompidas e não há previsão de quando devem voltar à normalidade.