Detentas fazem rebelião em presídio feminino de Campos
Detentas
do presídio feminino Nilza da Silva Santos, em Campos, fizeram uma rebelião no
começo da tarde desta sexta-feira (1º) em protesto contra a morte de uma
presidiária de 33 anos dentro da unidade prisional. As mulheres colocaram fogo em colchões, mas
foram repreendidas por agentes da Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária (SEAP). A mulher, que estaria em regime de Vistoria Periódica ao
Lar (VLP), era mãe de oito filhos.
Segundo
familiares da detenta, identificada como Cláudia Inês Furtado, a mulher teria
passado mal no final da tarde desta quinta-feira (31), mas não foi socorrida,
vindo a óbito durante a noite. “Ela passou mal a tarde e foi levada para a
inspetoria do presídio. O Hospital Ferreira Machado fica ao lado, mas não a
levaram. Quando chegou a noite ela não suportou as dores e morreu”, contou a
tia de Cláudia.
Ainda
de acordo com a família, Cláudia Inês estava presa há três anos e não sofria
nenhum problema de saúde. “Ela não tinha nenhum problema de saúde. Se tivesse
levado para o hospital ela estaria viva. Mas, ela não foi a primeira a morrer
aqui e nem será a última. Ninguém cuida da saúde das detentas”, afirmou.
Em
nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que
nesta quinta-feira (31), a interna Claudia Inês Furtado se sentiu mal no
Presídio Nilza da Silva Santos e que a unidade acionou o serviço de emergência,
porém a interna chegou a óbito.
A
Seap informou ainda que corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal
(IML) e aguarda laudo cadavérico com a causa mortis oficial. O caso foi
encaminhado para a Delegacia do Centro e uma sindicância interna foi aberta
para apurar os fatos.
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