Estudantes comemoram aprovação de eleição direta para diretores de escola
Estudantes assistiram e comemoraram nas
galerias do plenário do Palácio Tiradentes a aprovação do projeto de lei
584/15, que determina a escolha de diretores das escolas estaduais do estado
por meio de eleição direta da comunidade escolar. O texto, de autoria do
deputado Carlos Minc (sem partido) foi aprovado nesta quinta-feira (12/05) pela
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em discussão única.
Aluno do Colégio Estadual Rui Barbosa,
em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense Carlos Henrique Souza, 18 anos, disse
que os estudantes precisam ter mais participação política na escolha da
direção. “Se o estudante, a partir dos 16 anos, já pode escolher prefeito, governador,
presidente, por que não podemos escolher nossos diretores? Acho ruim não
podermos votar em quem vai dirigir nossa escola, o lugar onde passamos grande
parte da nossa vida”, argumentou o estudante do 3º ano do ensino médio.
A proposta segue agora para o governador
em exercício, Francisco Dornelles, que terá 15 dias úteis para sancionar ou
vetar o texto. A partir da entrada em vigor da lei, as escolas que tiverem os
cargos de diretor vagos poderão realizar as eleições ainda este ano. Para as
demais unidades, o processo consultivo ocorrerá no segundo semestre de 2017. A
duração do mandato será de três anos.
Autor do projeto, Minc disse que a lei
vai garantir que não haja mais indicação para os cargos. "Ficamos 13 anos
sem democracia nas escolas, e agora ela vai voltar graças à luta dos estudantes
e dos professores. Tem que ser no voto", comemorou Minc. Uma mudança
aprovada no projeto garante que a candidatura não será condicionada à aprovação
de um plano de gestão por parte do governo.
Presidente da Comissão de Educação da
Casa, o deputado Comte Bittencourt (PPS) também comemorou a aprovação. "A
Comissão de Educação sempre se colocou favorável ao processo de eleição direta
nas escolas do estado. Parabéns aos estudantes, que com seu movimento foram fundamentais
para essa vitória, para devolvermos a democracia às escolas", discursou.
Integrantes do Sindicato Estadual dos
Profissionais de Educação (Sepe), também assistiram à decisão dos
parlamentares. Coordenadora da entidade, Dorotéia Frota disse o movimento de
ocupação das escolas pelos alunos e a greve dos professores ajudaram a levar o
projeto para a pauta da Casa. “Depois de muitas reivindicações o Governo abriu
mão e hoje estamos aí com essa vitória para toda a comunidade escolar”,
comentou.
ENTENDA
Somente
os professores com mais de três anos no magistério poderão se candidatar. Os
eleitores serão
os docentes e técnicos administrativos da unidade escolar,
alunos com no mínino 12 anos de idade e os responsáveis de estudantes menores
de 12 anos. Cada eleitor terá direito a apenas um voto, que será secreto e na
urna. Os votos serão ponderados na proporção de 50% do total de votantes dos
integrantes do magistério e servidores administrativos e 50% do total de
votantes dos alunos e responsáveis.O quorum mínimo para que seja referendado o
processo consultivo será de 30% do total de eleitores. Diretores e diretores
adjuntos em exercício poderão reapresentar seus nomes para apenas mais um
processo consultivo consecutivo. Os eleitos deverão passar por um curso de
capacitação que será oferecido pela secretaria de educação.
Fonte Ascom
Um comentário
Essa atitude poderia acontecer em nossas escolas, Onde a comunidade poderia escolher os diretores que iriam administrar as escolas tornando-o mais democrática. Acabando assim com o curral eleitoral que se tornou os cargos de diretores.
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