Com a saúde financeira na UTI, Santa Casa de São João da Barra fecha as portas.
Sem receber verbas provenientes dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e do convênio com a Prefeitura desde outubro do ano passado, a Santa Casa de Misericórdia de São João da Barra – única unidade médica da cidade – vai fechar suas portas. A medida drástica foi informada por meio de nota oficial da diretoria do hospital que ainda ressaltou “não há como suportar tal situação”.
O encerramento das atividades, em curto prazo, da unidade fez-se necessário, haja vista que, a não cobertura financeira da estrutura por parte do poder público municipal, que segundo a diretoria está pendente até hoje, trouxe uma dívida sem precedentes aos gestores da Santa Casa.
Caso não sejam viabilizadas alternativas eficientes para o seu suporte econômico e financeiro, o hospital, fundado em novembro de 1873, poderá encerrar por total as atividades.
Ainda segundo a nota, o convênio com o Fundo Municipal de Saúde foi assinado em 2003, o que exigia a necessária formatação da estrutura de atendimento, de seu custeio, gerenciamento e a conseqüência de cumprimento do orçamento gerado. Entretanto, no ano passado o hospital deixou de cumprir despesas e ainda teve que alocar recursos que deveriam ser apropriados para investimentos e fundos de contingência e reserva, pois de acordo com a diretoria, tanto a remuneração do SUS como a do convênio com a prefeitura (008/2015), eram creditadas muito afora às datas pactuadas.
A diretoria esclareceu também que foi firmado o convênio 015/2016 (janeiro/dezembro de 2016) sem qualquer pagamento, estimulando-os a manter a estrutura do hospital na conformidade plena – quadro de funcionários; custeio da maternidade e suprimentos.
“Os existe a imediata condição de repor os valores não pagos, ou nos deparamos com a realidade da paralisação extrema das atividades. São 143 anos de vida de uma instituição e que representam um acervo incontestável para uma cidade. O quadro da deformação de uma Santa Casa por ora vivenciado em São João da Barra, não pode ser encarado com uma simples questão de falta de avaliação. Não pode ser qualquer decisão sem a profundidade de responsabilidades”, diz um trecho da nota. A prefeitura ainda não se pronunciou sobre o caso.
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