Corruptos e corruptores fazem acordos e voltam para as suas casas bilionárias. E o povo?
Delinquentes continuam desfrutando do produto de seus roubos, enquanto o brasileiro sofre
O
que se vê nesses acordos de leniência e nesses processos da Lava Jato é o
correto levantamento policial, em que corruptores e corruptos são identificados
com uma rapidez que não se via na mesma polícia do passado.
Por
exemplo: nas privatizações, houve vários grampos feitos, principalmente no
BNDES, entre gabinetes de ministros. E muitos trechos a imprensa divulgou na
época, nos quais um falava a outros: "Não se preocupe, 'autoridade 1',
eles não levaram a Vale, mas vão levar a Telemar."
Entre
os supostos delinquentes do lobby se encontravam parentes de autoridades
importantes. Hoje, não existe mais isso. Se descobre a autoridade, os parentes
da autoridade, os corruptos e os corruptores.
Corruptos
e corruptores, desde que delatores, pelos acordos de leniência que fazem,
voltam para as suas casas bilionárias construídas com dinheiro roubado
Corruptos
e corruptores, desde que delatores, pelos acordos de leniência que fazem,
voltam para as suas casas bilionárias construídas com dinheiro roubado
O
que se estranha é que os corruptos e corruptores, desde que delatores, pelos
acordos de leniência que fazem voltam
para as suas casas, que não são casas, são verdadeiras mansões de valores
bilionários.
Saem
da prisão que o povo paga, onde desfrutam de seus tempos de criminosos, e
voltam para as suas mansões que construíram com dinheiro roubado, para passar
quatro ou cinco anos em prisão domiciliar aqui no Brasil. Depois, vão gastar
suas fortunas em dólar.
Os
prejudicados, que foram demitidos, perderam seus planos de saúde, perderam seus
empregos porque o país quebrou, vão viver eternamente na miséria. Enquanto
isso, os verdadeiros culpados, corruptos ou corruptores, vão viver eternamente
na abundância do produto de seus butins aqui ou no estrangeiro. Eles, seus
filhos e netos.
Que
justiça é essa?
*Esse
artigo foi publicado com editorial do Jornal do Brasil em 26/06/2016
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