Governo do Rio parcela salários de 393 mil servidores, mais de 80% do funcionalismo

Como a coluna adiantou no início da semana, o governo do Rio não terá recursos suficientes para pagar integralmente os 478.880 mil funcionários estaduais, na próxima terça-feira, 10º dia útil do mês. Nesta sexta-feira, o Palácio Guanabara confirmou que 393.151 pessoas — entre ativos, inativos e pensionistas — receberão seus salários de forma parcelada. O número equivale a 82% do total de servidores. Apenas os 85.737 ativos da Educação receberão vencimentos integrais. Os inativos e os pensionistas da pasta, não, pois dependem do Rioprevidência.
O cálculo não é simples. Todos esses 393 mil servidores receberão mil reais do total de seus vencimentos. Considerando o valor restante de cada um, 50% serão pagos também na terça-feira. Caso o servidor ganhe R$ 5 mil, por exemplo, ele terá direito a mil reais de seu vencimento, mais a metade do valor restante (ou seja, 50% de R$ 4 mil). Assim, receberá R$ 3 mil agora. Os outros R$ 2 mil ficarão para depois. O montante desta folha será de R$ 1,1 bilhão.
Data para pagar o restante depende da arrecadação
Ainda é mistério a data em que o restante dos salários será pago, em função da precariedade da arrecadação estadual. A promessa do governo é quitar a dívida com o funcionalismo até o fim do mês, mas o anúncio oficial será feito somente durante a próxima semana. A fórmula encontrada, agora, beneficia os que recebem valores mais baixos. Quanto maior o salário, maior a fatia da parcela.
Ativos da Educação serão pagos por meio do Fundeb
O Executivo anunciou que todos os 85 mil servidores ativos da Educação terão seus salários integralmente depositados na terça-feira, graças à utilização de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O governo confirmou que serão usados R$ 173 milhões para pagar apenas os vencimentos dos ativos. A retirada dos valores do fundo tem sido negociada pelo governo e pelos docentes.

Um comentário

Wagner Fontenelle Pessôa disse...

Gostaria de saber se, entre os que vão receber de forma parcelada, estão o governador, os secretários, os deputados e os ocupantes do primeiro escalão do governo. Acho pouco provável...