Número de casos de microcefalia aumentam no Sudeste
O diretor
do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo
Hage Carmo, disse nesta segunda-feira (20/06) que, nas últimas cinco semanas,
há indicativo de que o Sudeste registrou mais novos casos de microcefalia em
relação ao Nordeste, região que concentra o maior número de casos no país desde
o início da notificação de microcefalia.
Conforme
dados dos ministério, foram registrados 172 novos casos de bebês com suspeita
de microcefalia contra 171, no Nordeste, nas últimas cinco semanas. No
entando, no acumulado de casos, o Nordeste ainda concentra cerca de 75% dos bebês
com o perímetro da cabeça menor que o estabelecido para a notificação de casos,
que atualmente é de 32 centímetros. Mas o número de crianças que tem nascido
com o indicativo de malformação cerebral, de acordo com Eduardo Hage Carmo, vem
aumentando mais no Sudeste do que em outras localidades do país.
“Provavelmente,
os casos estão relacionados ao pico de ocorrência de infecção por Zika, que na
Região Sudeste se dá depois da Região Nordeste. Enquanto na Região Nordeste há
um pico no primeiro semestre, até meados de junho/julho, na região Sudeste esse
pico se dá entre novembro, dezembro [de 2015], janeiro e fevereiro [de 2016].
Há um período entre a ocorrência da infecção por zika e a notificação da
microcefalia, que é a
gestação”, explica Carmo, que participou
do Seminário Estadual de Vigilância e Resposta às Arboviroses e suas
Complicações, iniciado hoje, no Recife. Segundo ele, a tendência é que
haja uma curva ascendente dos casos de microcefalia no Sudeste.
O último
boletim divulgado pelo Ministério da Saúde informa que, em 2016, foram 54.803
registros de Zika no Sudeste, contra 51.065 na Região Nordeste.
São Paulo e Rio de Janeiro
De acordo com o diretor, na Região Nordeste tem havido desaleceração do registro de novos casos de microcefalia desde o fim do ano passado, enquanto no Sudeste, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro, o movimento é contrário.
De acordo com o diretor, na Região Nordeste tem havido desaleceração do registro de novos casos de microcefalia desde o fim do ano passado, enquanto no Sudeste, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro, o movimento é contrário.
Rio de
Janeiro e São Paulo são os estados com maior crescimento de registros suspeitos
de microcefalia. Nas últimas cinco semanas, a variação foi de 46 (RJ) e 104
(SP) novos bebês notificados, enquanto no Espírito Santo e em Minas Gerais o
total foi de 11 registros cada. O caso de São Paulo – o estado mais populoso do
Brasil – ultrapassa qualquer estado do Nordeste. A maior variação é de
Pernambuco, com 52 novas suspeitas – metade do observado no estado paulista.
Fonte Agência Brasil
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