Petrobras vai propor redução de jornada e de salários a empregados
As conversas com os
sindicatos começam em breve e devem ser concluídas até o início de agosto
A
Petrobras vai retomar as negociações com os empregados para implementar
mudanças no acordo coletivo propostas no ano passado ainda durante a
presidência de Aldemir Bendine, segundo fonte da empresa ouvida pelo Broadcast,
serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A estatal quer reduzir a
jornada de trabalho para 6 horas e os salários em 25%. Numa primeira tentativa,
diante da resistência dos sindicatos, Bendine abandonou o plano. Mas seu
substituto, Pedro Parente, dá como certo que conseguirá promover as mudanças,
que integram o programa de ajuste das finanças.
A
redução da jornada de trabalho e dos salários faz parte das negociações do
acordo coletivo que será implementado a partir de
setembro. As conversas com os
sindicatos começam em breve e devem ser concluídas até o início de agosto.
Nenhuma reunião aconteceu até agora. Já está definido, porém, que a proposta
será a mesma apresentada em 2015.
Em
dezembro do ano passado, os petroleiros entraram em greve para resistir às
propostas de mudanças nos benefícios trabalhistas. Por fim, a empresa voltou
atrás e manteve as condições do acordo de 2014. A Federação Única dos
Petroleiros (FUP), representante dos empregados da maior parte das unidades da
Petrobras, é ligada ao PT e, no governo da presidente afastada, Dilma Rousseff,
tinha mais influência sobre a companhia. No governo interino de Michel Temer,
perdeu força.
A
visão de um alto executivo da companhia, que não quis ser identificado, é que
Parente vai promover um "aperto" nas contas da empresa ainda maior do
que o implementado por Bendine. O ex-presidente não era bem quisto pelos
sindicalistas, que o apelidaram de "Vendine", por causa do seu plano
de venda de ativos. Dentro do conselho de administração, porém, Bendine arrumou
inimizades por ser considerado flexível com os trabalhadores. Esse foi um dos
motivos que levaram o presidente da Vale, Murilo Ferreira, a deixar a
presidência do conselho da petroleira.
Segundo
a fonte, com a mudança de cenário, principalmente política, há espaço para
retomar a proposta de mudança do acordo coletivo. Para conseguir levar adiante
o plano, Parente tem tentado se aproximar dos empregados, com a promessa de que
não haverá demissões. Em encontros com eles, tem transmitido a mensagem de que,
mesmo os funcionários das unidades que forem vendidas serão realocados e
receberão treinamento para atuar em novas atividades.
fonte:
Estadão Conteudo
Um comentário
Propor não, tem que reduzir e quem não aceitar que saia!
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