Senado pode votar hoje liberação de jogos de azar
Proibidos no Brasil há 70 anos,
os jogos de azar, como cassinos, bingos, jogo do bicho e vídeojogos, poderão
voltar a ser liberados. Está na pauta de votação do plenário do Senado desta
quarta-feira (06/07) o projeto de lei que legaliza o funcionamento desse
tipo de jogo, proibido no país desde 1946.
Aprovado na Comissão Especial de
Desenvolvimento Nacional do Senado como parte da chamada Agenda Brasil, o
Projeto de Lei 186, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), traz a
definição dos jogos que podem ser explorados, os critérios para autorização e
as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos.
Nogueira defende que o Estado deve apenas criar
regras para disciplinar e
fiscalizar a exploração dos jogos de azar no país.
Segundo o senador, é “incoerente” dar um tratamento diferenciado para o jogo do
bicho e, ao mesmo tempo, permitir e regulamentar modalidades de loteria
federal. De acordo com Nogueira, apesar de proibidas, as apostas clandestinas
movimentam mais de R$ 18 bilhões por ano no país.
Pelo texto aprovado na comissão especial, serão
estabelecidos requisitos de idoneidade para todos os sócios da pessoa jurídica
que detiver os direitos de exploração de jogos de azar. Detentores de mandatos
eletivos e parentes em primeiro grau, além do cônjuge ou companheiro, serão
proibidos de atuar no setor.
Para o relator do projeto,
senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT), no caso dos cassinos, eles devem
obrigatoriamente estar ligados a complexos integrados de lazer, construídos
especificamente para esse fim, com hotéis e restaurantes. Os resorts devem
usar apenas 10% do espaço para jogos e o restante para restaurantes, lojas,
teatros e espaço para exposições, entre outros.
Já os bingos só poderão ser instalados em
municípios com mais de 150 mil habitantes. Maggi destacou que não será permitida
a instalação de nenhum outro tipo de jogo nos locais onde funcionarão as casas
de bingo.
Pelo texto aprovado, o jogo do
bicho deixará de ser contravenção penal e passará a ser regulamentado pelos
municípios, que também ficarão responsáveis pela fiscalização e arrecadação.
Com isso, devem ser aproveitadas estruturas que já existam ilegalmente e as
pessoas que atuam nesse tipo de jogo passam a ser registradas.
A estimativa da Receita Federal é arrecadar mais de
R$ 15 bilhões. Caso seja aprovado pelo plenário do Senado, o texto depois será
encaminhado para a Câmara. Os deputados também criaram uma comissão para
analisar a legalização dos jogos de azar.
Fonte Agência Brasil
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