Falta de cana-de- açúcar antecipa fim da safra na região
A produção de etanol pelas
usinas do centro-sul do Brasil recuou quase 12% na primeira quinzena de agosto,
com uma redução da moagem de cana e após uma queda no consumo do biocombustível
em julho no país, enquanto usinas da principal região produtora privilegiam a
fabricação de açúcar, com preços mais rentáveis.
A União da Indústria de
Cana-de-açúcar (Unica) informou, nessa terça-feira, que a produção de etanol do
centro-sul atingiu 1,93 bilhão de litros nos primeiros 15 dias do mês de
agosto, ante 2,19 bilhões de litros no mesmo período do ano passado e 2,06
bilhões na segunda parte de julho. Já a produção de açúcar do centro-sul somou
2,97 milhões de toneladas, alta de aproximadamente 3% na comparação com a mesma
quinzena de 2015, mas uma ligeira queda ante as 3,1 milhões de toneladas da
última parte de julho.
Segundo o presidente do
Sindicato da Indústria Sucroenergética, Frederico Paes, não houve redução da
moagem para a produção de etanol. São as usinas que estão moendo mais cana para
o açúcar. Frederico explica que as indústrias preferiram fazer mais açúcar
porque o produto está pagando melhor nos mercados nacional e internacional. Com
um olhar otimista, ele afirma que houve um aumento da moagem no país em relação
ao ano passado. No estado do Rio, deve variar entre 10% e 15%.
— O mercado internacional está
aquecido e há uma tendência alta na entressafra, por isso, algumas usinas estão
priorizando a produção de açúcar. Em relação ao etanol também é esperada uma
reação, por causa da lei da oferta e da procura — destaca Frederico Paes.
Balanço — Quanto ao balanço da
safra neste momento da moagem, Frederico diz que ainda é prematuro fazer um
balanço da safra, “mas em termos de produção e volume vai haver um aumento”. A
previsão do representante dos produtores de cana Tito Inojosa é que 1,3 milhão
de toneladas de cana sejam esmagadas na região.
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