Moro: 19 anos de prisão para Senador que não chamou empreiteiros para depor em CPI
O juiz federal Sérgio Moro condenou hoje
(13) o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) a 19 anos de prisão pelos crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e por obstrução das investigações da Operação
Lava Jato.
De
acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Argello recebeu
propina para deixar de convocar empreiteiros para depor na antiga Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2014. Na época, ele era o
vice-presidente da comissão.
Na sentença, Moro afirmou que Gim
Argello pediu cerca de R$ 30 milhões e recebeu pelo menos R$ 7,3 milhões das
empreiteiras, valores que foram utilizados na campanha eleitoral de 2014.
“Durante
o ano de 2014, crescia a preocupação da sociedade com as revelações do esquema
criminoso da Petrobras, o que levou à constituição da Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito da Petrobras. O condenado, ao invés de cumprir com seu
dever, aproveitou o poder e a oportunidade para enriquecer ilicitamente, dando
continuidade a um ciclo criminoso”, disse o juiz.
Na sentença, também foram condenados o
ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa, a 10 anos e seis meses de
prisão, Walmir Pinheiro, também da UTC, a nove anos e oito meses, e Léo
Pinheiro, da OAS, a oito anos e dois meses.
Argello foi preso no dia 12 de abril
deste ano, em Brasília, na 28ª fase da Operação Lava Jato, e continua
custodiado em um presídio na região metropolitana de Curitiba.
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