Comissão aprova projeto que legaliza bingo, cassino e jogo do bicho
A Comissão Especial do
Desenvolvimento Nacional aprovou, nessa quarta-feira (9), o projeto que amplia
o leque dos jogos de azar legalizados no país (PLS 186/2014). A matéria, que segue agora para o
Plenário, faz parte da Agenda
Brasil – pauta
apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de
incentivar a retomada do crescimento econômico do país.
Do senador Ciro Nogueira (PP-PI), o projeto define os tipos de jogos a
serem explorados, os critérios para autorização, as exigências para os sócios e
as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos. Cassinos,
bingo, jogo do bicho e apostas eletrônicas poderão ser legalizados. O
substitutivo, a cargo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), também trata
das loterias federal e estaduais e do sweepstake —
um tipo de loteria relacionada com corrida de cavalos.
De acordo com o relator, o
Brasil é um dos poucos países entre as maiores economias do mundo que ainda não
conta com mecanismos legais de regulação dos jogos de azar. Como efeito
negativo dessa visão arcaica, argumenta Bezerra Coelho, o Brasil sofre com a
perda de atratividade para grandes investidores estrangeiros do setor de
turismo. Com base nas informações da World Lottery Association, o relator
informou que somente no mercado de loterias os jogos movimentaram US$ 400
bilhões em todo o mundo no ano de 2014, dos quais o Brasil teve participação de
apenas 1% com as loterias administradas pela Caixa.
Para Bezerra Coelho, a
legalização dos jogos no Brasil pode ser um importante vetor na geração de
tributos, emprego e renda. Uma projeção conservadora, segundo o relator, estima
a arrecadação de R$ 29 bilhões em tributos para o governo, nos próximos três
anos. Ao apresentar seu substitutivo, o relator ressaltou que buscou atender às
sugestões de colegas senadores e de representantes de vários órgãos do governo.
- Creio que conseguimos
atender às sugestões que procuravam equilibrar a legalização e o cuidado com os
crimes de lavagem – afirmou o senador.
Pelo texto, a delegação
para exploração dos jogos de azar compete exclusivamente à União. Caberá à
Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente operador, a administração das
contas das empresas, bem como o apoio a ações de fiscalização dos jogos. O
processo para a concessão da exploração de jogos de azar será sempre precedido
de licitação. A concessão terá a duração de até 25 anos, dependendo da
modalidade, podendo ser renovada por igual período uma única vez.
Fonte: Senado
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