Deputados aprovaram projeto de calamidade do estado do Rio
Foi aprovado por 40 votos a favor
e 14 contrários o projeto de calamidade pública do estado do Rio de Janeiro. A
sessão, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi
acompanhada por milhares de servidores de diferentes categorias, como
policiais, professores e profissionais da Saúde protestaram contra o projeto. A
norma irá agora para a sanção do governador Luiz Fernando Pezão.
Com o projeto de lei 2.150/16,
que tem validade até dia 31 de dezembro do ano que vem, o estado pode
descumprir alguns artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sem sofrer
sanções da legislação. Além disso, com a medida, o governo tem a permissão de estourar
o limite de gastos com o pagamento de funcionários.
Durante a sessão, os deputados
vetaram ainda a possibilidade de demissões dos servidores estaduais. A cláusula
que previa a possibilidade de o governo contratar sem fazer licitações foi
revogada por uma emenda.
Ainda na mesma sessão, os
parlamentares aprovaram, por unanimidade, um projeto de lei que proibe o estado
de conceder novas isenções fiscais por dois anos. Esses benefícios eram vistos
por servidores e pelo Ministério Público como uma das causas da grave crise
financeira do Rio.
Segundo os promotores do MP, de
2010 a 2015, só de benefícios de renúncia fiscal, as empresas lançaram R$ 151,3
bilhões. Enquanto isso, o que o Rio arrecadou no mesmo período de royalties de
petróleo foram R$ 34,5 bilhões.
Inicialmente, o texto de autoria
do deputado estadual Luiz Paulo (PSDB) previa a proibição por quatro anos e a
medida havia recebido 50 emendas. No entanto, os deputados perceberam que a
maioria delas eram sobre o mesmo assunto e resolveram reduzir para nove
emendas.
A partir desta nova norma, se
quiser conceder incentivos, o estado deve enviar um projeto de lei para ser
aprovado na Alerj e explicar quais os motivos e detalhar os benefícios da
isenção. Anteriormente, baseado em uma lei de 2004, o governo poderia conceder
o incentivo por meio de decreto, sem passar pela aprovação dos deputados.
Um comentário
Antes o "fruto" das isenções era dividido entre governador e secretários. Agora e entram no rateio os deputados, ou seja, nada de melhorias para a população e servidores.
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