Ministro Meireles descarta eventual intervenção federal no Rio

“A intervenção federal não será decretada no Rio de Janeiro
 porque os efeitos serão muito piores do que as possíveis soluções”
 
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou na tarde desta sexta-feira (11) que o governo federal negaria um eventual pedido de intervenção no Rio de Janeiro. Segundo ele, além de barreiras constitucionais, os efeitos desta medida seriam negativos.
 “A intervenção federal não será decretada no Rio de Janeiro porque os efeitos serão muito piores do que as possíveis soluções”, afirmou Meirelles após participar de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. A declaração foi dada após reportagem do jornal"O Globo" dizer que governador Luiz Fernando Pezão ameaçou, na quinta-feira (10), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, de entrar com pedido oficial de intervenção federal no estado.
Segundo Pezão, o que foi pedido foi um período de trégua do Tesouro Nacional, após um novo bloqueio de contas determinado pela União.O governador passou dois dias em Brasília conversando com o presidente Michel Temer e com a Secretaria de Tesouro Nacional. Ementrevista à CBN, ele disse que o Rio está ficando "ingovernável".
O ministro destacou ainda que “o presidente não decreta [a intervenção federal] apenas se ele tiver ou não vontade”, pois está sujeito a uma série de determinações constitucionais que dariam base à medida.
Receita do petróleo como garantia
Meirelles afirmou que há empenho do governo em auxiliar a situação da crise fluminense. Ele destacou que uma das possibilidades analisadas é de que o Rio de Janeiro “possa dar como garantias receitas provenientes da exploração do petróleo de anos à frente” para os credores.
O ministro destacou que tais garantias não seriam prestadas ao Tesouro Nacional, mas a credores privados do mercado internacional que se disponham a emprestar dinheiro ao governo do estado. Segundo ele, isso já foi feito no passado e o Banco do Brasil já está estruturando a operação para que ela seja feita novamente.
Suporte à segurança
Meirelles adiantou, também, que outra possibilidade analisada pelo governo federal para ajudar o fluminense é a União dar suporte à segurança do estado. Questionado se o Rio de Janeiro enfrenta a pior situação financeira entre os estados brasileiros, o ministro da Fazenda afirmou que ela “é a mais emergencial, a mais dramática, que está de fato mais aguda”. Segundo ele, esta condição se deve, principalmente, às medidas tomadas pelo Executivo do estado para tentar contornar a crise. “Evidentemente nós temos que olhar a situação de todos os estados, já que todos estão enfrentando grandes dificuldades”, afirmou Meirelles. Fonte: G1.


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