Protesto não acontece e Campos tem policiamento normal
Apesar da
população ter ficado assustada com boatos de uma possível paralisação, os
policiais militares foram às ruas de Campos normalmente na manhã desta
sexta-feira (10). De acordo com a corporação, o policiamento segue normal
em todo o estado do Rio.
Familiares de policiais fazem
protestos em alguns batalhões, mas não atrapalham a ida dos policiais para as
ruas. No movimento, por meio das redes sociais, os manifestantes
reivindicam melhores condições de trabalho para os policiais, pagamento do décimo
terceiro salário e da gratificação do Regime Adicional de Serviço (RAS),
pagamento de insalubridade e periculosidade, entre outros.
Até as 6h desta sexta-feira
(10), essas manifestações ocorriam na porta de 20
batalhões. Entre eles estão
os batalhões de Olaria, Méier, Tijuca, Campo Grande, Macaé, Volta Redonda,
Caxias, Belford Roxo e Mesquita. (Acompanhe ao final da matéria, informações da
PMERJ em tempo real)
Campos:
Comando da PM pede calma e alerta para consequências de paralisação
A intenção de parentes de
policiais militares protestarem em frente ao batalhão da corporação(8º
BPM), em Campos, com o intuito de impedir o dia de trabalho dos servidores
nesta sexta-feira(10), deixa a população assustada. A corporação já
divulgou uma nota(veja ao final da matéria) conscientizando
seus integrantes das graves consequências de uma paralisação. A maioria das
escolas da rede particular já suspendeu as aulas. Já o gerente executivo
da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL), Nilson Miranda, informou que o comércio
vai funcionar. A coordenadoria estadual de Educação ainda não divulgou se
as escolas estarão abertas.
Sem policiamento nas ruas,
Campos poderia ter uma onda de violência como acontece no Espírito Santo, onde
são registrados crimes de toda ordem, como saques, assaltos e homicídios.
Os servidores ativos, os
inativos e os pensionistas da Polícia Militar do Rio cobram o 13º salário, o
pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS) e o depósito de metas
alcançadas.
NOTA
DO 8º BPM
A violência é um grave problema da nossa sociedade. Dentro desse
contexto, sabemos que o Rio de Janeiro possui peculiaridades na área da
Segurança Pública, só encontradas aqui. Nós, policiais militares, atuamos
diuturnamente nesse cenário e sabemos agir nos casos extremos. A Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro é a Instituição que garante a “civilidade”,
o ir e vir, o trânsito de pessoas. Só nós conhecemos a realidade nua e crua do
dia a dia de policiamento. No entanto, é preciso pensar que o impacto da nossa
ausência poderá recair sobre nossos ombros, sobre nossas famílias. A nossa
falta causaria males incalculáveis e irreparáveis. Temos a certeza que passamos
por um momento muito delicado, mas é preciso avaliar as consequências dos
nossos atos. Protestos são legítimos, mas precisamos buscar a melhor forma de
reivindicar nossos direitos. Paralisar um serviço essencial afeta toda a
população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a barbárie?
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