Trabalhadores rurais estão morrendo por falta de uso de Equipamento de Proteção Individual(EPI). E em São Francisco?


Lavoura em São Francisco(arquivo do blog)

Em matéria especial publicada nesta sexta-feira(17), pelo portal ESHOJE(Link disponível no final da reportagem), foi abordado a importância do uso de equipamentos de segurança durante o manuseio de agrotóxico, por funcionários do Incaper , no Estado do Espírito Santo. Decidimos replicar esta matéria, pois São Francisco de Itabapoana vive o meu problema, porém em escala estratosférica, pois são centenas de trabalhadores que diariamente convivem com agrotóxicos poderosos que fazem verdadeiros estragos na vida desses trabalhadores.
Em destaque alguns trechos da reportagem.
Segue:
A farmacêutica toxicologista Daniela Mendes, afirma que é essencial a correta aplicação e os equipamentos adequados para manusear os agrotóxicos. São diversas as consequências para a saúde da exposição direta os agrotóxicos, inclusive a parada respiratória.
"O trabalhador manipulando agrotóxico tem uma exposição dérmica e respiratória maior. Sem os equipamentos de segurança e vestimentas adequadas está disposto à intoxicação, que pode levar a convulsão, podem ter dores abdominais, diarreia e, dependendo da quantidade exposta, pode evoluir para uma parada respiratória. A exposição dérmica pode levar à dermatite. Outras consequências podem ser hemorragia nasal, tosse, dor torácica...", exemplificou.
A farmacêutica afirma que a exposição constante a agrotóxicos pode levar a distúrbios nervosos. "A exposição crônica do trabalhador pode levar à depressão, tensão nervosa, ansiedade, perda de memória, tremores", completou.
Tentativas de suicídio de trabalhadores
De acordo com dados informados pela técnica de Vigilância de Prevenção de Violência e Acidentes da Sesa, Edleusa Cupertino, 15% dos 157 suicídios registrados no Espírito Santo, no ano de 2014, estavam diretamente relacionadas ao uso de agrotóxicos e produtos químicos. Ela informou ainda que grande parte dos enforcamentos, que responderam por 51% das mortes naquele ano, podem ter sido induzidos pelo uso de pesticidas e produtos agrícolas. Em 2015, aconteceram 352 tentativas de suicídio de trabalhadores que manipularam agrotóxicos.
"Uma peculiaridade é que o enforcamento, cuja presença é maior no interior, aconteceram mais em lugares onde tem produtos agrícolas, como pesticidas e produtos químicos. O agrotóxico tem um efeito no organismo do ser humano, tanto para quem consome, quanto para quem o aplica. As pessoas não usam os equipamentos de segurança e podem ser induzidas ao comportamento de risco. É a impressão que se tem, que isso influencia no suicídio", afirma Cupertino.
Em recente entrevista, o deputado Doutor Hércules (PMDB), que é médico, afirmou que o veneno provoca alteração neuromotora e intoxicação crônica. “Há provas contundentes do comprometimento do sistema nervoso das pessoas, pela ingestão ou absorção pela pele dos agrotóxicos, que acabam impregnando o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico”.  LEIA AQUI REPORTAGEM ESPECIAL SOBRE O ASSUNTO 


Um comentário

Anônimo disse...

Quem aplica o produto não consome a fruta, imagine quem consome?