SOS Atafona busca apoio para contenção do avanço do mar

Representantes do SOS Atafona estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira (26) na Colônia de Pescadores Z-2. O objetivo foi alinhar e ampliar as ações do grupo que defende a necessidade de imediatas intervenções para recuperar a orla da praia sanjoanense e evitar novas investidas do mar, que há décadas avança sobre o continente, destruindo centenas de construções. Nesta semana, com a mudança climática e o alerta de ressaca para municípios da região, o mar subiu e chegou a atingir um bar na foz do Paraíba , mas já houve recuo .
A reunião contou com a participação de moradores da Baixada, comunidade que corre risco de ser a próxima atingida pelo mar, principalmente dos vizinhos do bar que sofreu nesta semana com a força das ondas. Quem também esteve presente foi a vereadora Sônia Pereira (PT). Os representantes do SOS Atafona solicitaram à parlamentar que possa intermediar a abertura de um canal de diálogo com a prefeita Carla Machado (PP). Além disso, Sônia — que já solicitou à Prefeitura cópia do projeto para recuperação da orla feito pelo Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviárias (INPH) para tentar buscar apoio com outras esferas governamentais e a iniciativa privada — informou que vai providenciar uma audiência pública na Câmara para discussão do assunto.
Pelos representantes do SOS Atafona foi levantado com a vereadora a possibilidade de já ser incluído na Lei Orçamentária de 2018 um valor destinado ao projeto de contenção do avanço do mar e recuperação da orla. “Não é uma obra que é feita de uma hora para outra, mas o calcanhar de Aquiles desse projeto é a foz do Paraíba. Concluída a parte da foz, a obra vai embora”, observou o advogado Geraldo Machado.
O presidente da Colônia de Pescadores, Elialdo Bastos Meireles, informou que a instituição vai mobilizar a classe pesqueira a participar ativamente do projeto, bem como outras pessoas da comunidade se propuseram a ampliar o movimento. “Essa obra de recuperação da orla já aconteceu em dois municípios do Espírito Santo. Por que não em Atafona, se o Rio de Janeiro é um Estado mais rico e a região Norte Fluminense é produtora de petróleo? O político que tirar esse projeto do papel vai ficar marcado na história”, observou o historiador Fábio Pedra.
O SOS Atafona vai continuar a realizar reuniões e protestos pacíficos para chamar atenção das autoridades e de toda população sobre o risco de a praia sanjoanense continuar a desaparecer.
 Fonte: Folha 1


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