Polícias Militar e Civil cumprem mandados na Baixada e Guarus
As polícias Militar e Civil realizam
uma operação conjunta na manhã desta quinta-feira (8), desde as 5h, para
cumprimento de 16 mandados de prisão, principalmente na Baixada Campista,
relacionados a casos de homicídios em 2017. Destes, foram cumpridos 11 mandados
para 10 pessoas. Entre elas, o marido de Geciane Silva de Medeiros, 40
anos, assassinada a tiro no Jóquei Clube, no dia 22 de março deste ano. Ele foi
encontrado em casa, no mesmo bairro. Outros dois suspeitos, alvos de três
mandados, já estavam presos por outros crimes. As informações foram passadas
durante coletiva de imprensa na 134ª Delegacia de Polícia (Centro).
Os delegados Geraldo Rangel e Pedro
Emílio Braga, além do comandante da PM, Fabiano Souza, contaram detalhes sobre
a Operação Laurindo, terceira fase da Operação Sicário — iniciada no ano
passado —, que foi rebatizada em homenagem ao subtenente Laurindo, morto em
abril deste ano. Ele era responsável pelo DPO de Goitacazes. Segundo os
policiais, 11 mandados foram cumpridos para 10 pessoas. Destas, duas já estavam
em custódia. Houve, também, duas armas apreendidas, que geraram dois autos de
prisão em flagrante.
—A Operação Sicário visa á repreensão
contínua ao crime de homicídio. Como sempre fazemos, reunimos os mandados que
têm por objetivo esse crime e escolhemos a data de cumprimento. Todos esses
homicídios são recentes, de 2017, o que demonstra que a polícia trabalha neles
e mostra o resultado nas fases da Operação Sicário — explicou Geraldo.
O delegado informou que houve
cumprimentos de mandados de prisões temporárias e preventivas. Segundo ele, não
há conexão entre os inquéritos. No total, participaram da ação 11 viaturas da
Polícia Civil e 11 da Polícia Militar, totalizando aproximadamente 50
policiais. Pedro Emílio pontuou que a operação atinge, também, a repressão ao
tráfico de drogas.
—Seguramente, em 80% dos casos, as
motivações de fundo dos crimes são disputas por pontos de vendas de drogas e
rivalidade entre facções, principalmente na Baixada. Um dos objetos de
diligência foi Guarus, mas não houve êxito — relatou. Seis pessoas permanecem
foragidas.
Delegados da 134ª DP e comandante do
8º BPM em coletiva / Paulo S.Pinheiro
Assassinato no Jóquei — No final de
março deste ano, Geciane Siva de Medeiros, de 40 anos, foi morta a tiros no
Jóquei Clube. A vítima, moradora do bairro da Penha, estava no carro junto com
o marido. Na versão dele, dois homens em uma motocicleta perseguiram o veículo
e anunciaram o assalto, caracterizando um latrocínio.
Em relação ao homicídio e ao mandado,
Geraldo afirmou que é necessário ter cautela ao abordar o caso:
—É uma prisão temporária. É um crime
que envolve marido e mulher. Então, há a questão familiar envolvida também. O
que nós fizemos é cumprir uma prisão temporária de 30 dias para esclarecer
alguns pontos que estão obscuros naquele inquérito policial. Pontos divergentes
que precisam ser esclarecidos, motivo pelo qual o juízo criminal entendeu, por
bem, o cárcere por 30 dias — prorrogáveis por mais 30 — do marido da vítima. A
prisão temporária serve para a polícia investigar. Não estamos formando o juízo
final, absoluto, conclusivo do inquérito policial.
Fonte: Folha 1
Nenhum comentário
Postar um comentário