'É preciso pressa', diz Carla Machado sobre a contenção do mar em Atafona
A Coordenadoria de Defesa Civil de
São João da Barra trabalha na elaboração de toda documentação a ser enviada à
União e ao Estado para o reconhecimento da situação de emergência em razão do
avanço do mar em Atafona. O objetivo, com o reconhecimento, é adquirir recursos
para pôr em prática ações de contenção do fenômeno, que atinge a localidade há
décadas e vem se agravando nos últimos meses. Ao falar sobre o assunto, a
prefeita Carla Machado destacou que “é preciso pressa” na busca por uma
solução.
Além do parecer técnico da Defesa
Civil, de Formulário de Informações de Desastres (Fide) e da Declaração
Municipal de Atuação Emergencial (Dmate), será anexado um relatório
fotográfico. De acordo com o coordenador de Defesa Civil, Adriano Assis, toda a
documentação deverá ser enviada ainda nesta primeira quinzena de agosto à
Secretaria Nacional de Defesa Civil e à Coordenadoria Regional de Defesa Civil.
— Enviaremos à secretaria nacional de
Defesa Civil, órgão subordinado ao Ministério da Integração Nacional, as
informações preenchendo o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres
(S2ID). Iremos aguardar esse reconhecimento do Estado e, principalmente, do
Governo Federal para que o Município possa pleitear esse recurso — explica
Adriano.
O decreto de situação de emergência,
publicado no sábado (29), tem como objetivo, amenizar os possíveis danos e
prejuízos e dar celeridade a uma resposta das esferas superiores para que ações
efetivas sejam implantadas naquela região do litoral sanjoanense. “Existe
já toda uma mobilização visando sensibilizar as autoridades e que une governo
municipal, sociedade e lideranças políticas regionais na busca por recursos. A
articulação nesse sentido tem sido intensa, mas é preciso pressa”, disse a Prefeita,
que se reuniu com a Defesa Civil regional solicitando apoio ao decreto e irá
entregar às autoridades um abaixo assinado contendo milhares de assinaturas
clamando por uma solução.
Por ser em uma região costeira, é de
entendimento do município que a União possa intervir visando resolver a
situação, com base em um projeto elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Hidroviárias (INPH). O documento já foi entregue pela prefeita ao presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a intervenção é estimada em R$
180 milhões.
Caso a situação de emergência seja
reconhecida pelo Estado e pela União, o Ministério de Integração Nacional
libera recursos para intervenção. Em Mucuri, no sul da Bahia, levou menos de um
mês para que a Defesa Civil do estado reconhecesse o estado de emergência
decretado pelo município por conta da erosão. Contudo, quase três meses depois,
não há notícia sobre resposta do Governo Federal.
Licenciamento — Nesta semana, conforme previsto pelo Secretário de Meio
Ambiente Alex Firme, são esperados que dois processos avancem. Um deles é a
divulgação da instrução técnica que irá nortear a elaboração do Estudo de
Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da obra de
contenção. Já a regional do Inea deve emitir o parecer sobre o
licenciamento para a dragagem da foz do Paraíba, com canal de navegação
assoreado, que vem dificultando o trabalho dos pescadores.
Fonte:Secom/SJB.
Nenhum comentário
Postar um comentário