Sindicato: “Número de médicos demitidos pode aumentar”

Após quatro neurocirurgiões plantonistas do Hospital Ferreira Machado (HFM) terem sido desligados das suas funções, o número de demissões de médicos de várias especialidades pode aumentar nas unidades hospitalares. A informação é do presidente dos Médicos, José Roberto Crespo. Os profissionais são contratados pela Prefeitura de Campos, através do Registro de Pagamento Autônomo (RPA), e que até esta quinta-feira (17/08) não haviam recebido o pagamento de salários referente ao mês de julho.

José relatou que ficou acordado na reunião nesta quarta-feira (16/08) na sede do Executivo, com a presença do prefeito, Rafael Diniz, a tentativa de o governo liberar 50% dos salários até a próxima semana. “A informação passada pelo prefeito é de que ele irá verificar na Secretaria de Fazenda se tem recurso suficiente para efetuar o pagamento, mas o prefeito já adiantou que o município está sem dinheiro. Tanto que já houve o anúncio do governo de corte nos salários de 35% já a partir deste mês”, ressaltou o presidente, informando que os demais 50% ainda não foram discutidos.

De acordo com José, não é descartada a hipótese dos médicos abandonarem os postos de trabalho. “Os profissionais não podem ser penalizados diante de um sistema deteriorado. Se a coisa não melhorar, não só os médicos, mas todos os servidores da Saúde poderão cruzar os braços”, disse José, que está acompanhando os protestos dos servidores e as chamadas de assembleias do Sindicato dos Profissionais e Servidores de Campos (Siprosep), como uma que irá ocorrer nesta quinta-feira (16/08), às 19h.

Além da questão salarial, o presidente informou que os médicos estão trabalhando nos hospitais sem nenhuma estrutura física. “Não há banheiros adequados, as acomodações são péssimas, sem falar na falta de insumos e equipamentos, prejudicando não só os profissionais da ponta, bem como a população”, disse.
 Fonte: Ururau



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