TCU vai investigar pagamento irregular de professores com recursos do Fundeb
O Tribunal de Contas da União (TCU) vai fazer um levantamento para
investigar e mapear a real dimensão da ocorrência de professores afastados do
efetivo exercício na rede pública que têm recebido seus salários por meio de
recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A proposta, apresentada
pelo ministro Walton Alencar, foi aprovada na sessão desta quarta-feira (30).
O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica pública no
país, formado por percentuais de diversos tributos e transferências
constitucionais. São exemplos, os impostos sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) e sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Ao menos
60% dos recursos devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério
em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais.
O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, como
a aquisição de equipamentos e a construção de escolas.
De acordo com os dados apurados em
auditoria pelo TCU, somente no ensino médio, haveria quase 70 mil professores
cedidos a órgãos governamentais. Em todo o ensino básico, a estimativa é de que
o número de professores remunerados com recursos do Fundeb, servindo fora das
salas de aula, pode chegar a 380 mil.
“Servidores que estejam nessa situação
não podem ter seus salários suportados com recursos federais, advindos do
percentual de 60% das verbas do Fundeb, destinados exclusivamente ao pagamento
da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica, em efetivo
exercício na rede pública”, explicou o ministro.
Segundo o ministro, a fiscalização
também vai contribuir para avaliar o cumprimento das metas do Plano Nacional de
Educação (PNE), especialmente aos objetivos que tratam da valorização do professor,
do plano de carreira docente e do financiamento da educação.
Fonte: Campos 24 horas.
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