TRF-1 volta a permitir aumento de PIS/Cofins sobre combustíveis
BRASÍLIA - A guerra de liminares em
torno do aumento no valor dos combustíveis teve um novo capítulo nesta
segunda-feira, dessa vez com prejuízo para os consumidores. O Tribunal Regional
Federal (TRF) da 1ª Região, com sede em Brasília, derrubou uma liminar da
primeira instância que suspendia o aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre os
combustíveis, anunciado pelo governo em julho. Com isso, a medida do governo
volta a valer. Foi á quarta vez que uma liminar barrando o aumento dos impostos
foi derrubada.
A decisão do TRF foi tomada a pedido da
União, sob o argumento de que a liminar da primeira instância era uma “ofensa à
ordem pública jurídica, administrativa e econômica”. Segundo a Advocacia-Geral
da União (AGU), “o decreto se alinha a uma série de medidas adotadas pela União
no sentido de estabelecer o equilíbrio nas contas públicas e a consequente
retomada do crescimento econômico”. Ainda de acordo com o recurso, o aumento é
“medida imprescindível para que seja viabilizada a arrecadação de aproximadamente
R$ 10.4 bilhões” entre julho e dezembro deste ano.
Na decisão, o presidente do TRF,
desembargador Hilton Queiroz, concordou com o argumento do governo. “Com
efeito, é intuitivo que, no momento ora vivido pelo Brasil, de desequilíbrio
orçamentário, quando o governo trabalha com um orçamento negativo, decisões
judiciais, como a que ora se analisa, só servem para agravar as dificuldades da
manutenção dos serviços públicos e do funcionamento do aparelho governamental,
abrindo brecha para um completo descontrole do país, como um todo”, escreveu o
magistrado.
O desembargador também afirmou que a
decisão da primeira instância barrando o aumento dos combustíveis invadia a
área de atuação do Executivo. “A decisão questionada invade competência
reservada do Presidente da República”, explicou.
O reajuste nas alíquotas do PIS/Cofins
sobre a gasolina, o diesel e o etanol foi determinado por meio de decreto
presidencial no dia 20 de julho. A tributação sobre a gasolina subiu R$ 0,41
por litro e, sobre o diesel, R$ 0,21 por litro. Para o litro do etanol, a
alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor, e, para o
distribuidor, a alíquota, antes zerada, aumentou para R$ 0,1109.
Fonte: O Globo.
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