Cronica da semana: TEM MULHER QUE DERRUBA O MARIDO
Wagner Fontenelle Pessôa
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Quem
prestar atenção no mundo e nos casais que conhece, não custará a perceber que é
a mais pura verdade aquela máxima feminina: “com o casamento, há mulheres que põem o homem prá cima e outras que botam
o homem prá baixo”. E dizem isso, não no sentido da intimidade do casal,
mas no sentido material mesmo. Como a dizer que algumas fazem o homem progredir
e outras, levam o marido para o brejo.
Já ouvi isso de diversas mulheres e
acho quase dispensável acrescentar que todas essas, invariavelmente,
completaram a frase, dizendo: “Eu, por
exemplo, sou daquelas que fazem o homem progredir”! Nada mais óbvio, porque
o estranho seria se elas dissessem: “Comigo o fracasso é certo e a falência é
garantida!”.
Quanto
ao fato em si, não tenho grandes considerações a fazer e nem dúvidas a opor. Porque
acredito, sim, que algumas ajudam a alavancar a vida do gajo, enquanto outras, ao
contrário, só botam o marido em precipício. É a vida, o que se há de fazer?
Um pouco diverso disto, o que tenho
a dizer hoje, muito provavelmente, irá desagradar algumas mulheres. Mas vou
dizer assim mesmo: eu acho que algumas delas trazem má sorte aos seus maridos.
E para não despertar a ira de todas elas, vou logo esclarecendo que são as
jornalistas. Irônico, porque nessa profissão — que congrega redatoras,
editoras, radialistas, repórteres e locutoras de rádio e tevê — há mulheres de
excepcional competência e valor.
Com as exceções que sempre confirmam
a regra, há profissionais brilhantes entre elas! São, cultas e antenadas, por
vezes, em número mais expressivo do que em muitas outras carreiras. Faz parte
do seu trabalho, afinal de contas, estarem ligadas com o que acontece no mundo
e à sua volta. Isto, sem falar na beleza de algumas delas, para não melindrar
as feministas, que se queixam de que os homens “só pensam naquilo”!
Mas
torno a dizer, sem que o meu propósito seja o de depreciar as “comunicólogas” —
como andaram sendo tituladas, por algum tempo — que casar com jornalista traz certo
grau de periculosidade para o homem. E antes que alguém lance sobre o autor
destas notas a pecha de preconceituoso, vou esclarecer o que estou dizendo.
Primeiro, foi a Claudia Cruz, uma linda locutora de telejornal na mais poderosa
emissora de tevê do Brasil. Bonita e qualificada para o que fazia, acabou
encantando um pilantra, que estava em procedimento de decolagem na carreira
política e chegou a ser o todo poderoso presidente da Câmara Federal: o
deputado Eduardo Cunha. Alguns dizem que foi “olho grande da mulher”, mas o
fato é que o tipo está na cadeia e não há santo que o tire de lá!
Depois, foi a Ticiana Villas Boas, que brilhava no telejornal da Band, em horário
nobre e ao lado do mais respeitado nome do jornalismo brasileiro, Ricardo
Boechat. Com o seu sotaque “abaianado”, encantava o público e — certamente por
motivos diversos — o miliardário Joesley Batista, que se julgava acima do bem e
do mal, graças às propinas generosas que pagava a políticos e governantes
brasileiros. Resultado: contra todas as projeções, o escroque foi parar numa
cela e seus negócios vão levando “peia”, tanto no Brasil, quanto no exterior.
Mais recentemente, temos o caso da Marcia Bokel Peltier, uma admirável
jornalista, apresentadora e cronista brasileira, que foi casada por 17 anos com
o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman. O casamento,
que durou menos do que a permanência dele na presidência do COB, chegou ao fim
no início deste ano. Mas a má sorte já estava lançada: Nuzman perdeu a “Bokel”
e ainda ganhou a cadeia, sabe-se lá por quanto tempo.
Ao fim e ao cabo de tudo isso, fica
o benefício da dúvida: as jornalistas é que têm o carma de se envolverem com os
canalhas ou eles é que se lascam por serem casados com jornalistas?
De um jeito ou de outro, uma coisa é
certa: tem mulher que derruba o marido! Pelo menos, é o que elas próprias
comentam...
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