Situação de Emergência em SJB devido à estiagem
São João da Barra decretou, nesta
sexta-feira (20), Situação de Emergência em decorrência da estiagem que
atinge o município há quatro meses, causando prejuízos nos setores da
agricultura e da pecuária, comprometendo o abastecimento e causando problemas
respiratórios na população e ambientais, como queimadas. Nesse período, a média
do volume pluviométrico registrado foi em torno de 45 milímetros, número 75%
inferior à média histórica no mesmo período, que é de 180 milímetros.
Além de SJB, outros 10 municípios do
Norte e Noroeste Fluminense adotaram a medida recentemente — Bom Jesus do
Itabapoana, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Laje do Muriaé, Miracema, Santo
Antônio de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá e Varre-Sai.
No município sanjoanense, a
decisão foi tomada a partir de um levantamento de danos e prejuízos, que
envolveu a Coordenadoria de Defesa Civil e as secretarias de Agricultura, Meio
Ambiente e Serviços Públicos, Saúde e a Emater, culminando na elaboração do
Formulário de Informação de Desastre (Fide): “Ficam dispensados de licitação,
de acordo com Decreto, os contratos de aquisição de bens necessários às
atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras
relacionas com a com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que
possam ser concluídas no prazo de 180 dias consecutivos e interruptos, contados
á partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos”.
A prefeita Carla Machado (PP)
explicou que “os dados coletados mostraram severos impactos pela falta da
chuva no solo e pela escassez hídrica nos canais de irrigação. Com a situação
de Emergência decretada e tendo o reconhecimento da Secretaria Nacional de
Defesa Civil, poderemos pleitear junto às esferas superiores recursos para que
possam ser utilizados no sentido de amenizar os impactos da estiagem”.
No setor de Agricultura, de acordo
com o Fide, a produção leiteira e de corte sofreu uma redução de 40% e há morte
de animais em razão da falta de pastagem e de outros produtos que servem de
alimentação para os animais, como a cana.
— Há Prejuízo, também, nas lavouras
de tomate, quiabo e hortaliças em geral. O lençol freático tem baixado cinco
centímetros a cada 24 horas. Estamos realizando limpeza de canais e valas de
irrigação para amenizar o prejuízo dos produtores, aumentando em muito o valor
da hora/dia trabalhada — pontuou o secretário de Agricultura, Osvaldo
Barreto.
A Defesa Civil do Município
coordenará todos os órgãos municipais nas ações de resposta ao desastre. “A
partir da publicação do Decreto, o passo seguinte será o preenchimento do
Sistema Integrado de Informações de Desastres (S2ID), que será encaminhada à
Secretaria Nacional de Defesa Civil para análise. Sendo reconhecido, o
Ministério da Integração Nacional poderá disponibilizar verbas visando amenizar
os danos e prejuízos no município causados pela seca”, concluiu o coordenador
de Defesa Civil, Adriano Assis.
Com
informações da Secom/SJB
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