Ex-governadora Rosinha Garotinho deixa prisão no Rio e vai usar tornozeleira
A ex-governadora do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho deixou a prisão no
início da madrugada desta quinta-feira (30).
Rosinha deixou a Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, à 0h21. Ela
saiu do complexo com um ventilador de chão, estava acompanhada de seu advogado,
Carlos Azeredo, e encontrou a filha Clarissa.
Rosinha chegou à sua casa, no Flamengo, na Zona Sul, por volta de 0h40.
A ex-governadora vai ser monitorada por uma tornozeleira eletrônica e está
proibida de deixar o Rio.
Segundo a decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TER-RJ),
que concederam o habeas corpus na quarta-feira (29), Rosinha terá que ficar em
casa à noite.
A mesma sessão que concedeu o benefício á Rosinha negou, por cinco votos
a zero, o pedido de cancelamento da prisão preventiva de Anthony Garotinho,
marido de Rosinha e também ex-governador do RJ, atualmente preso em Bangu. A
defesa diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), o grupo
econômico J&F fez uma doação ilegal de R$ 3 milhões, simulando um contrato
com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha ao governo
do estado em 2014 – valores não declarados em sua prestação de contas.
Segundo a colaboração de um dos envolvidos no esquema, a organização
criminosa liderada pelo ex-governador intimidava e extorquia empresários
exigindo quantias expressivas em dinheiro das empresas contratadas pelo
município de Campos dos Goytacazes, com aval de sua esposa Rosinha, que à época
era prefeita da cidade. Garotinho ameaçava os empresários de atrasar a
liberação de pagamentos.
Para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), os atos praticados pelo
ex-governador são graves e exigem a prisão preventiva de Garotinho para
garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. “O denunciado, como líder
da organização, apresenta risco de interferir na instrução criminal em curso,
como coação de testemunhas”, argumenta o procurador regional eleitoral Sidney
Madruga.
No caso de Rosinha, a PRE entende que sua conduta foi consentir os
crimes praticados por Garotinho.
A ex- governadora e o marido foram presos há uma semana acusados de
crimes eleitorais, corrupção e organização criminosa. O casal nega as
acusações.
Fonte: G1.
Um comentário
Certamente foi liberada por incompetência ou conivência, de quem avaliou o caso, pois, lugar de ladrão é na cadeia.
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