Ferrovia Rio-Vitória reativa potencial de Macaé em ser base regional de logística

O tratado assinado nesta semana entre os governos dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, no Porto do Açú, em São João da Barra, com objetivo de garantir junto ao governo federal a execução do projeto de construção da Ferrovia EF-118, garantiu para Macaé a reativação do potencial de se tornar base regional para a distribuição de cargas, especialmente as ligadas ao setor do petróleo.

A carta assinada entre Pezão, governador do Rio, e Paulo Hartung, governador do Espírito Santo, visa garantir que o projeto orçado em R$ 5,5 bilhões, para implantação da malha ferroviária ligando os dois Estados, saia do papel. Um pedido será diretamente entregue ao presidente da república em exercício, Michel Temer (PMDB).

O tratado político entre os dois Estados reforça o que já vinha sido estudado pelo governo do Estado do Rio em 2015, época em que estava sendo desenvolvido o Plano Estratégico de Logística e Cargas (PELC).

O Plano colocava Macaé em posição de destaque no novo perfil de logística do Estado, especialmente por conta das operações do petróleo, voltadas ao pós-sal e o pré-sal, das Bacias de Campos e de Santos.

Na época, a proposta de implantação de uma estação de transbordo para alimentação da Ferrovia Vitória-Rio em Macaé chegou a ser oficialmente discutida entre o governo do Estado e a prefeitura, o que levaria em consideração as diretrizes do Plano Diretor e do Plano Municipal de Mobilidade Urbana.

A criação dessa estação é permitida de acordo com o traçado da nova ferrovia, que passa paralela a BR 101, na região próxima ao Trevo dos 17, na extensão territorial da Capital Nacional do Petróleo.
T
ambém na época foi atestada a importância de Macaé para alimentação da ferrovia, que integrará 25 municípios fluminenses e capixabas, interligando o Porto Central, em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo até o Porto de Açu, em São João da Barra, no extremo-Norte do Rio de Janeiro.

Com a possibilidade de implantação da Ferrovia, o governo municipal já estuda reativar o diálogo com o Estado, para reforçar a importância de Macaé nesse projeto.

"Vamos reativar o interesse de Macaé consolidada como a cidade que é o centro logístico por votação do petróleo, dotando a região com estruturas em todos os modais: aeroportuário, ferroviário, portuário e rodoviário", afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Gustavo Peretti Wagner.
Autor: Márcio Siqueira marcio@odebateon.com.br



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