Temer decreta Porto Central como "Utilidade Pública"
O
licenciamento ambiental das obras do Porto Central, projeto que deve ser
construído em Presidente Kennedy, na região Sul do ES, deu um passo importante
após o empreendimento ganhar o status de utilidade pública, por meio de um
decreto do presidente Michel Temer (PMDB).
A
mudança foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (9) e era
uma das obrigações para a supressão vegetal - retirada da mata - onde o porto
será construído. O processo de licenciamento se arrasta desde 2014. O decreto,
segundo o Ministério dos Transportes, não gera mudanças administrativas, mas é
um dos passos para a execução da obra.
De
acordo com o diretor-presidente do Porto Central, José Maria Novaes, a obra irá
empregar cerca de 4 mil pessoas, sendo que pelo menos 70%, ou 2.800 empregados,
serão contratados na região do litoral Sul do Estado. A primeira fase da obra
terá um investimento de R$ 3 bilhões para dragagem do canal de acesso e
construção do cais e da infraestrutura de alguns terminais.
“Entregamos
no último dia 29 de setembro estudos complementares respondendo aos
questionamentos do Ibama. Acho que finalmente atendemos a todos os pedidos.
Nossa expectativa é de que a licença de instalação possa ficar pronta em
dezembro de 2017, para darmos início as obras em dezembro de 2018”, afirma.
Um dos
entraves que foram questionados pelo Ibama dizia a respeito do local onde seria
despejado os resíduos retirados do fundo do mar na dragagem do porto, que deverá
ter 25 metros de calado. O material deverá ser levado para uma área no mar, a
20 quilômetros da costa capixaba.
Ainda
foram detalhados, no último estudo protocolado no Ibama, o programa rodoviário
do entorno do Porto Central, o sistema de abastecimento de água e o programa de
capacitação e treinamento de mão de obra local. O projeto já conta com uma
licença da Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq).
“Temos
usado esse tempo para adiantar toda a parte de planejamento das próximas fases,
o monitoramento das condicionantes ambientais e a parte da engenharia desta
primeira etapa de construção”, revela Novaes.
Segundo
ele, as contratações, caso o licenciamento cumpra com o prazo estimado, devem
ser iniciadas no começo de 2019. A maior parte das 4 mil vagas será para setor
de Construção Civil, para contratação de profissionais para a retirada de
terra, dragagem, instalação de quebramares e construção dos piers e acessos
rodoviários.
“Será um
número grande de motoristas, operadores de máquina, pedreiros, carpinteiros,
além da turma administrativa, com foco no planejamento e gestão financeira do
Porto Central. Vamos buscar profissionais de regiões próximos, nos municípios
de Marataízes, Itapemirim, Cachoeiro de Itapemirim, Presidente Kennedy e São
João do Itabapoana (RJ), principalmente”, conta.
Para o
secretário o subsecretário estadual de Logística, Transporte e Comércio
Exterior, Neucimar Fraga, o decreto representa uma conquista para o Estado,
agilizando o licenciamento do porto. Segundo ele, com isso, todas as etapas
para a expedição da licença ficaram concluídas, faltando apenas a liberação
final do Ibama.
"Esse
é um projeto estratégico para o Brasil e muito importante para o Espírito
Santo, porque além de empregos, vai gerar receita para os municípios da região
e para o Estado, além de que o Porto Central vai convergir boa parte da
logística do comércio exterior do Brasil, juntamente com o Porto de Açu, no
Rio", comenta.
Fonte:
Gazeta Online.
Nenhum comentário
Postar um comentário