Impasse com linhas da Rogil continua
Os ônibus da Rogil estão parados há
quase duas semanas e ainda não há previsão para retorno. O motivo é a falta de
pagamento aos funcionários da empresa, que estão com quatro salários e meio
atrasados. Estava prevista para a última segunda-feira uma reunião entre o
Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) e os funcionários da
empresa, mas o proprietário da Rogil, Gilson Menezes, não compareceu. Nesta
terça-feira, motoristas e cobradores reivindicaram seus direitos em audiência
pública na Justiça do Trabalho. Uma assembleia foi marcada para as 8h desta
quarta, no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, com
indicativo de greve.
Nesta terça, durante a audiência, de
acordo com um funcionário da Rogil, que preferiu não se identificar, a empresa
não teria dado prazo para o pagamento dos atrasados, alegando falta de verba. A
reportagem tentou entrar em contato com o proprietário da Rogil para obter um
posicionamento mais detalhado, sem êxito.
A empresa atende à população em
várias linhas na área urbana de Campos e nos distritos. Fazem parte da rota da
empresa algumas linhas como a da Pecuária até o Imbé, abrangendo Nova Brasília,
Parque Corrientes, Santa Cruz, Itereré, Imbé e Lagoa de Cima. Entre os
moradores de vários bairros que estão sem ônibus, há cobrança para que seja
trocada a empresa responsável pelas linhas.
- Isso é um processo mais amplo e diz
respeito ao sistema de transporte como um todo, não só no caso da Rogil. É uma
discussão que estamos fazendo, junto com a procuradoria e com a comissão de
gestão governamental - disse o presidente do IMTT, Renato Siqueira.
Na última segunda-feira, mais de 100
moradores da localidade de Três Vendas fecharam a BR 356 com galhos queimados
durante cerca de 10 horas, em protesto contra a falta de ônibus. Já em Rio
Preto, em nova manifestação, houve apedrejamentos a coletivos.
Em nota enviada nesta terça, a
Procuradoria Geral do Município informou que está apurando se há débito com os
consórcios de transporte coletivo, referente à gestão passada. A Prefeitura
esclarece que não há nenhum débito referente ao exercício de 2017. Só este ano,
enquanto esteve em vigor o programa de passagem social, foram repassados cerca
de R$ 22,6 milhões aos consórcios.
A nota dizia também que o IMTT tem
tomando todas as medidas necessárias para retorno, o mais breve possível, do
atendimento às linhas prejudicadas. “O IMTT continua cobrando a retomada de, no
mínimo, 30% da frota da Rogil para suporte aos locais onde há limitação no
atendimento. Multas vêm sendo aplicadas à empresa pelo não cumprimento do
contrato. O IMTT mantém a agenda de reunião com a Rogil e, amanhã, se reúne com
uma comissão de moradores das localidades de Lagoa de Cima, Imbé, Aleluia e
adjacências”.
Fonte: Folha1.
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