Senado pode votar hoje lei do casamento homoafetivo
O Senado
Federal colocou em pauta para votação nesta terça-feira o projeto de lei que
visa permitir legalmente a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
A
proposta (nª 612/2011) é da senadora Marta Suplicy (PMDB) e precisa passar por
votação tanto no Senado quanto na Câmara. Atualmente, a lei brasileira
reconhece como família apenas a composta por homem e mulher.
Atualmente,
casais do mesmo sexo já têm o direito de ser oficialmente casados desde 2013 —
graças a uma resolução do Supremo Tribunal Federal (STF).
A
resolução nº 175, de 2013, proíbe as autoridades competentes de recusarem
“habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em
casamento entre pessoas de mesmo sexo”. O direito à união estável é garantido
desde 2011.
Caso o
Congresso decida pela aprovação do texto, os casais homoafetivos, terão seu
direito garantido não só judicialmente, mas por lei.
Em maio
deste ano, o projeto de lei foi aprovado pela Comissão de Constituição e
Justiça do Senado, e o objetivo é alterar o artigo 1.723 do Código Civil (lei
n. 10.406/02), onde está escrito que é reconhecida como entidade familiar a
união estável entre o homem e a mulher.
O
primeiro país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo na América do
Sul foi á Argentina, em 2010, seguido pelo Uruguai e pelo Brasil, em 2013, e
pela Colômbia, em 2016.
No mundo,
o primeiro país a permitir a união entre casais homoafetivos foi á Holanda, em
2000, e uma série de outros países como Estados Unidos, Canadá, França e
Alemanha também já permitem a união. Por aqui, o papel do Congresso é
reconhecer, em lei, o direito que vem sendo garantido na prática.
Fonte: Revista Exame
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