Menino de 11 anos morre com um tiro na cabeça na Portelinha
Um menino de 11 anos morreu com um
tiro na cabeça entre a noite da última quinta-feira (4) e a madrugada desta
sexta (5), no interior de um apartamento no conjunto habitacional da
Portelinha, na comunidade do Matadouro, em Campos. Victor Hugo de Almeida
Machado estaria acompanhado por um amigo, também menor, de 13 anos, que teria
efetuado o disparo acidentalmente. Porém, de acordo com a Polícia Civil, o
crime foi registrado como fato análogo ao homicídio doloso, ou seja, com
intenção de matar.
O corpo de Victor Hugo foi encontrado
no início da madrugada, com um tiro no lado esquerdo da cabeça, na cozinha do
apartamento 303 do bloco 14, situado na Rua Adão Pereira Nunes. O imóvel estava
vazio. Acionada às 2h20, a PM apreendeu, no quarto, uma munição de calibre 38
intacta. A arma usada não estava no apartamento. No local do crime, também
foram encontrados diversos invólucros plásticos vazios, levantando a hipótese
de que seria um ponto de endolação.
Pela manhã, a mãe do suspeito de ter
efetuado o disparo o levou à 134ª Delegacia Policial (Centro). Na ocorrência,
ela relatou que o filho costumava brincar até tarde no conjunto habitacional. O
garoto contou à polícia que jogava bola, por volta das 22h de quinta, quando
Victor o chamou para brincar no apartamento desabitado, que costumava ser
frequentado por eles e outras crianças. Lá, a vítima teria mostrado e entregado
ao amigo uma arma, que, segundo ele, havia encontrado nas proximidades da Portelinha.
Sem saber que o revólver estava
municiado, o suspeito teria, então, efetuado o disparo, que atingiu a vítima.
Em pânico, o garoto teria fugido e jogado o revólver no canal perto do Centro
de Eventos Populares (Cepop). Ele não quis retornar à casa da mãe e foi contar
ao avô, que informou o fato às filhas.
O menor foi autuado, apresentado ao
Juizado da Infância e da Juventude e encaminhado para o Departamento Geral de
Ações Socioducativas (Degase). Já o corpo de Victor Hugo foi encaminhado para o
Instituto Médico Legal (IML) de Campos. A família da vítima não quis comentar o
ocorrido à reportagem.
Fonte: Folha1.
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