Depois da tempestade, lamentos e prejuízos em Campos


A chuva intensa que atingiu o Estado do Rio de Janeiro assustou a população na noite de quinta-feira (8) e na madrugada de sexta-feira (9). Em Campos, o grande volume de água alagou bairros e distritos, e trouxe prejuízos e transtornos para diversos moradores da cidade e zona rural. As poucas horas de chuva foram comparadas ao volume esperado para todo o mês de março. Apesar da trégua durante o dia, o tempo deve permanecer chuvoso até a próxima segunda-feira, segundo a previsão da meteorologia.
Reclamações por conta de alagamentos e bueiros entupidos não faltaram . No antigo conjunto habitacional Damas Ortiz, no Parque Califórnia, moradores enfrentaram uma noite de pesadelos, pois várias residências foram tomadas pela água. As galerias pluviais não deram vazão ao grande volume de água. Toda vez que a chuva cai com intensidade e por um longo período, a preocupação com enchente aumenta.
Na Rua Paulo Alves, a aposentada Nízia Bravo, de 85 anos, foi uma das pessoas atingidas com água dentro de casa. Segundo ela, além dos prejuízos materiais, há também o abalo emocional. A aposentada se sente insegura, e se queixa das autoridades municipais pela falta de limpeza das galerias e pela pouca iluminação. “Não pude dormir à noite por medo da água subir mais. Faz vários dias que as lâmpadas queimadas não foram trocadas”, queixa-se.  Os vizinhos costumam ser solidários quando o alagamento se agrava, mas pouco pode fazer.
Moradores do bairro Joquei Clube viveram situação parecida. Em diversas ruas, o nível da água subiu bastante. Casas e quintais foram atingidos. Algumas pessoas enfrentaram dificuldades para entrar e sair das residências. A moradora da Rua Ricardo Quitete, Kellen Martins, disse que os filhos não puderam estudar. “Era impossível sair sem molhar os pés e as roupas. Apesar do transtorno, foi melhor os meninos esperarem a água baixar dentro de casa”, lamentou.
Além dos bairros da periferia de Campos, transtornos também foram enfrentados na área central da cidade. Alguns comércios contabilizam prejuízos. Na Rua Santos Dumont, uma loja de móveis e eletrodomésticos não abriu nesta sexta-feira. Parte do telhado cedeu, inundando o estoque. Em outra loja na mesma rua, mais prejuízos foram listados. Várias mercadorias foram danificadas e inutilizadas. Em vários municípios vizinhos, as cenas se repetiram. A Defesa Civil de cada cidade está em alerta para eventuais ocorrências.
Fonte: Terceira Via



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